Nipah: entenda o que é e como age o vírus com alto poder de epidemia que matou jovem na Índia
Adolescente de 14 anos morreu após contato com o vírus. Autoridades locais disseram que mais de 200 pessoas que tiveram contato com a vítima estão sendo monitoradas. Doença não tem tratamento. Um adolescente de 14 anos morreu na Índia depois de ter sido infectado pelo vírus Nipah, um vírus mortal que ataca o cérebro. A vítima faleceu apenas um dia após ter contato com a doença, segundo as autoridades locais. A doença está na lista da OMS de patógenos com potencial epidêmico. O vírus Nipah é classificado como prioritário pela Organização Mundial da Saúde (OMS) devido ao seu potencial de desencadear uma epidemia. Não há vacina para prevenir a infecção e nenhum tratamento para curá-la. A morte aconteceu no domingo (21) no estado de Kerala e, segundo as agências internacionais, o ministro da saúde local informou que acompanha mais de 200 pessoas que tiveram contato com o menino. Da lista, 60 pessoas estão na lista de alto risco. Além disso, os moradores da região foram orientados a usarem máscara. Nipah tem alta taxa de mortalidade, mas surtos só foram registrados no Sudeste Asiático GETTY IMAGES via BBC Como ocorre a transmissão do vírus Nipah De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a doença é considerada zoonótica - ou seja, é transmitida de animais como porcos e morcegos frugívoros para seres humanos. ➡️ O vírus também pode ser transmitido por meio de alimentos contaminados e por contato com uma pessoa infectada. Ao entrar no corpo humano, ele afeta o sistema respiratório e o sistema nervoso central. Nem todas as pessoas apresentam sintomas visíveis. Outras, no entanto, desenvolvem sinais e consequências como: Sintomas semelhante à gripe (incluindo febre, dor de cabeça, dor muscular, fadiga e tontura) Dificuldades respiratórias Encefalite (inflamação do cérebro que resulta em sintomas como confusão, desorientação, sonolência e problemas neurológicos como convulsões) Quando o vírus progride rapidamente, há risco de coma e morte. Nos casos mais graves, sobreviventes podem experimentar efeitos neurológicos de longo prazo. A infecção pode ser diagnosticada com base no histórico clínico durante a fase aguda e de convalescença da doença. Os principais testes utilizados incluem a reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR) em fluidos corporais e a detecção de anticorpos por ensaio imunoenzimático (ELISA). Outros testes utilizados incluem o ensaio de reação em cadeia da polimerase (PCR) e o isolamento do vírus por cultura de células. A taxa de mortalidade entre aqueles que contraem o vírus é alta - chega a 70% -, uma vez que não há remédio nem vacina disponível para tratar a infecção. O tratamento se limita a controlar os sintomas e fornecer cuidados de suporte. O que se sabe sobre o vírus mortal que fez região na Índia fechar escolas e escritórios Surtos anteriores O vírus Nipah foi inicialmente identificado em 1999 durante um surto que afetou criadores de suínos na Malásia. Desde então, não foram registrados novos surtos desse vírus no país. Em 2001, o vírus foi identificado em Bangladesh, onde surtos quase anuais têm ocorrido desde então. Em 2018, a Índia, e mais especificamente a cidade Calecute, relatou seu primeiro - e pior - surto de Nipah, quando 17 dos 18 casos confirmados morreram. Em 2019, um caso foi relatado no distrito de Ernakulam e o paciente se recuperou. Mas em 2021, um menino de 12 anos na vila de Chathamangalam, infectado, morreu. Uma investigação publicada pela Reuters em maio constatou que Kerala, um Estado tropical que está testemunhando acelerada urbanização e perda rápida de árvores, criou "condições ideais para um vírus como o Nipah emergir". Especialistas dizem que, devido à perda de habitat, os animais estão vivendo em maior proximidade com os seres humanos, o que ajuda o vírus a saltar dos animais para os humanos. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), outras regiões também podem estar em risco de infecção, uma vez que evidências do vírus foram encontradas em reservatórios naturais conhecidos, como a espécie de morcego Pteropus, e em várias outras espécies de morcegos em diversos países, incluindo Camboja, Gana, Indonésia, Madagascar, Filipinas e Tailândia.
Adolescente de 14 anos morreu após contato com o vírus. Autoridades locais disseram que mais de 200 pessoas que tiveram contato com a vítima estão sendo monitoradas. Doença não tem tratamento. Um adolescente de 14 anos morreu na Índia depois de ter sido infectado pelo vírus Nipah, um vírus mortal que ataca o cérebro. A vítima faleceu apenas um dia após ter contato com a doença, segundo as autoridades locais. A doença está na lista da OMS de patógenos com potencial epidêmico. O vírus Nipah é classificado como prioritário pela Organização Mundial da Saúde (OMS) devido ao seu potencial de desencadear uma epidemia. Não há vacina para prevenir a infecção e nenhum tratamento para curá-la. A morte aconteceu no domingo (21) no estado de Kerala e, segundo as agências internacionais, o ministro da saúde local informou que acompanha mais de 200 pessoas que tiveram contato com o menino. Da lista, 60 pessoas estão na lista de alto risco. Além disso, os moradores da região foram orientados a usarem máscara. Nipah tem alta taxa de mortalidade, mas surtos só foram registrados no Sudeste Asiático GETTY IMAGES via BBC Como ocorre a transmissão do vírus Nipah De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a doença é considerada zoonótica - ou seja, é transmitida de animais como porcos e morcegos frugívoros para seres humanos. ➡️ O vírus também pode ser transmitido por meio de alimentos contaminados e por contato com uma pessoa infectada. Ao entrar no corpo humano, ele afeta o sistema respiratório e o sistema nervoso central. Nem todas as pessoas apresentam sintomas visíveis. Outras, no entanto, desenvolvem sinais e consequências como: Sintomas semelhante à gripe (incluindo febre, dor de cabeça, dor muscular, fadiga e tontura) Dificuldades respiratórias Encefalite (inflamação do cérebro que resulta em sintomas como confusão, desorientação, sonolência e problemas neurológicos como convulsões) Quando o vírus progride rapidamente, há risco de coma e morte. Nos casos mais graves, sobreviventes podem experimentar efeitos neurológicos de longo prazo. A infecção pode ser diagnosticada com base no histórico clínico durante a fase aguda e de convalescença da doença. Os principais testes utilizados incluem a reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR) em fluidos corporais e a detecção de anticorpos por ensaio imunoenzimático (ELISA). Outros testes utilizados incluem o ensaio de reação em cadeia da polimerase (PCR) e o isolamento do vírus por cultura de células. A taxa de mortalidade entre aqueles que contraem o vírus é alta - chega a 70% -, uma vez que não há remédio nem vacina disponível para tratar a infecção. O tratamento se limita a controlar os sintomas e fornecer cuidados de suporte. O que se sabe sobre o vírus mortal que fez região na Índia fechar escolas e escritórios Surtos anteriores O vírus Nipah foi inicialmente identificado em 1999 durante um surto que afetou criadores de suínos na Malásia. Desde então, não foram registrados novos surtos desse vírus no país. Em 2001, o vírus foi identificado em Bangladesh, onde surtos quase anuais têm ocorrido desde então. Em 2018, a Índia, e mais especificamente a cidade Calecute, relatou seu primeiro - e pior - surto de Nipah, quando 17 dos 18 casos confirmados morreram. Em 2019, um caso foi relatado no distrito de Ernakulam e o paciente se recuperou. Mas em 2021, um menino de 12 anos na vila de Chathamangalam, infectado, morreu. Uma investigação publicada pela Reuters em maio constatou que Kerala, um Estado tropical que está testemunhando acelerada urbanização e perda rápida de árvores, criou "condições ideais para um vírus como o Nipah emergir". Especialistas dizem que, devido à perda de habitat, os animais estão vivendo em maior proximidade com os seres humanos, o que ajuda o vírus a saltar dos animais para os humanos. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), outras regiões também podem estar em risco de infecção, uma vez que evidências do vírus foram encontradas em reservatórios naturais conhecidos, como a espécie de morcego Pteropus, e em várias outras espécies de morcegos em diversos países, incluindo Camboja, Gana, Indonésia, Madagascar, Filipinas e Tailândia.
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