Dengue em Campinas: Saúde prevê pico de transmissão na 2ª quinzena e diz que não se deve ter 'falsa sensação de segurança'

Em março, prefeito da metrópole comentou a possibilidade da metrópole atingir 100 mil casos da doença até maio. Apesar do montante até abril representar 45% da projeção, diretora do Devisa afirma que não é momento de abaixar a guarda. Aedes aegypti no laboratório da Oxitec, em Campinas. O mosquito é transmissor de doenças como a dengue, chikungunya e do vírus zika, causador da microcefalia Paulo Whitaker/Reuters Artboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MAIOR DESTAQUEArtboard 1LARGURA TOTALLonge de atingir o pico de 100 mil casos de dengue previstos pelo prefeito Dário Saadi (Republicanos) para o mês de maio, Campinas (SP) ainda vive uma epidemia da doença com potencial de superar o ano de 2015, quando a metrópole teve o maior número de pacientes infectados da história, segundo o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa).“Os casos não estão diminuindo. Não podemos dar uma falsa sensação de segurança à população", diz Andréa Von Zuben, diretora do Devisa.Segundo a epidemiologista responsável pelo Devisa, a pasta tem acompanhado o aumento do número de casos e notificações suspeitas nas unidades de saúde da metrópole. Até esta terça-feira (10), a metrópole soma 45.149 casos confirmados de dengue em 2024. ????´O montante representa a segunda maior epidemia da doença da história de Campinas, atrás apenas de 2015, quando 65.754 pacientes que se contaminaram pelo vírus. Os dados são do painel de arboviroses do município, que é atualizado em tempo real.A previsão da Saúde é que a metrópole atinja o pico de transmissão da doença após a 2ª quinzena de abril. No entanto, é difícil estimar um número de casos, segundo a diretora do Devisa. "A dengue tem um grau de imprevisibilidade muito grande, ainda não podemos afirmar se vamos ultrapassar os 100 mil casos. A máquina pública tem feito um esforço enorme para que isso não aconteça", afirma Andréa. Pico previstoEm março, durante uma reunião com gestores de hospitais para discutir o enfrentamento da dengue em Campinas, o prefeito comentou as projeções feitas pelo Devisa sobre o avanço da doença nas próximas oito semanas. "A projeção indica que pode passar do pico de 2015, que foi 75 mil casos, chegando até 100 mil e podendo passar de 100 mil casos, entre três e oito semanas. Estamos observando uma curva que vai mostrar nas próximas semanas um atendimento que, sem dúvida, pode impactar não só o setor público, como o setor privado", destacou Saadi. ???? Embora os casos confirmados até abril representem 45% do pico histórico previsto para o próximo mês, a Saúde faz dois alertas: O número de casos em 2024 é maior em relação ao mesmo período de 2015, ano da maior epidemia da história;Os casos de dengue tendem a crescer e a cair de forma acelerada, no entanto, a queda no índice de transmissão deve acontecer nos meses de junho e julho.Em outras palavras, não é o momento de abaixar a guarda. Até porque, mesmo com as campanhas de combate ao Aedes aegypt, a adesão da população ainda deixa a desejar em alguns pontos da metrópole, segundo o Devisa. “O que as equipes trazem é que ainda há muitos criadouros e ainda temos dificuldades de adentrar nas casas”, diz Andréa.Artboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MAIOR DESTAQUEArtboard 1LARGURA TOTAL????Vacina contra a dengueSegundo a administração municipal, os 18.063 imunizantes serão distribuídos nos 68 centros de saúde. Considerando os 19 municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC) contemplados após a redistribuição feita pelo Ministério da Saúde, serão 52.857 doses enviadas.A Prefeitura de Campinas (SP) prevê iniciar nesta quinta-feira (11) a aplicação da vacina contra a dengue em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. As doses foram recebidas pelo município na terça (9), conforme a programação divulgada pelo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de São Paulo.Não é preciso realizar agendamento para receber a dose. A prefeitura orienta os moradores e apresentarem documento de identidade com foto e caderneta de vacinação, se houver.O g1 mostrou que o número de doses enviadas para Campinas é suficiente para 19% do público-alvo. Essa população é estimada em 91,2 mil pessoas na metrópole.Estado de emergênciaNo início de março, a Prefeitura de Campinas decretou estado de emergência para dengue. A medida permite a adoção de ações necessárias à contenção do aumento de casos com maior flexibilidade, ou seja, sem necessidade de licitação.Entre as ações, estão direcionamento de recursos financeiros e agilidade na compra de insumos, soro e materiais para nebulização, além de pagamento de horas extras e eventual contratação de efetivo para reforçar a assistência.Quando procurar atendimento?Em fevereiro a cidade já havia anunciado mudanças nos protocolos de atendimento. Desde então, a orientação é de que pacientes com febre busquem atendimento no centro de saúde mais próximo.Antes, a recomendação da prefeitura era que os moradores procurassem atendimento médico quando o paciente apres

Abril 17, 2024 - 08:36
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Dengue em Campinas: Saúde prevê pico de transmissão na 2ª quinzena e diz que não se deve ter 'falsa sensação de segurança'

Em março, prefeito da metrópole comentou a possibilidade da metrópole atingir 100 mil casos da doença até maio. Apesar do montante até abril representar 45% da projeção, diretora do Devisa afirma que não é momento de abaixar a guarda. Aedes aegypti no laboratório da Oxitec, em Campinas. O mosquito é transmissor de doenças como a dengue, chikungunya e do vírus zika, causador da microcefalia Paulo Whitaker/Reuters Artboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MAIOR DESTAQUEArtboard 1LARGURA TOTALLonge de atingir o pico de 100 mil casos de dengue previstos pelo prefeito Dário Saadi (Republicanos) para o mês de maio, Campinas (SP) ainda vive uma epidemia da doença com potencial de superar o ano de 2015, quando a metrópole teve o maior número de pacientes infectados da história, segundo o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa).“Os casos não estão diminuindo. Não podemos dar uma falsa sensação de segurança à população", diz Andréa Von Zuben, diretora do Devisa.Segundo a epidemiologista responsável pelo Devisa, a pasta tem acompanhado o aumento do número de casos e notificações suspeitas nas unidades de saúde da metrópole. Até esta terça-feira (10), a metrópole soma 45.149 casos confirmados de dengue em 2024. ????´O montante representa a segunda maior epidemia da doença da história de Campinas, atrás apenas de 2015, quando 65.754 pacientes que se contaminaram pelo vírus. Os dados são do painel de arboviroses do município, que é atualizado em tempo real.A previsão da Saúde é que a metrópole atinja o pico de transmissão da doença após a 2ª quinzena de abril. No entanto, é difícil estimar um número de casos, segundo a diretora do Devisa. "A dengue tem um grau de imprevisibilidade muito grande, ainda não podemos afirmar se vamos ultrapassar os 100 mil casos. A máquina pública tem feito um esforço enorme para que isso não aconteça", afirma Andréa. Pico previstoEm março, durante uma reunião com gestores de hospitais para discutir o enfrentamento da dengue em Campinas, o prefeito comentou as projeções feitas pelo Devisa sobre o avanço da doença nas próximas oito semanas. "A projeção indica que pode passar do pico de 2015, que foi 75 mil casos, chegando até 100 mil e podendo passar de 100 mil casos, entre três e oito semanas. Estamos observando uma curva que vai mostrar nas próximas semanas um atendimento que, sem dúvida, pode impactar não só o setor público, como o setor privado", destacou Saadi. ???? Embora os casos confirmados até abril representem 45% do pico histórico previsto para o próximo mês, a Saúde faz dois alertas: O número de casos em 2024 é maior em relação ao mesmo período de 2015, ano da maior epidemia da história;Os casos de dengue tendem a crescer e a cair de forma acelerada, no entanto, a queda no índice de transmissão deve acontecer nos meses de junho e julho.Em outras palavras, não é o momento de abaixar a guarda. Até porque, mesmo com as campanhas de combate ao Aedes aegypt, a adesão da população ainda deixa a desejar em alguns pontos da metrópole, segundo o Devisa. “O que as equipes trazem é que ainda há muitos criadouros e ainda temos dificuldades de adentrar nas casas”, diz Andréa.Artboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MAIOR DESTAQUEArtboard 1LARGURA TOTAL????Vacina contra a dengueSegundo a administração municipal, os 18.063 imunizantes serão distribuídos nos 68 centros de saúde. Considerando os 19 municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC) contemplados após a redistribuição feita pelo Ministério da Saúde, serão 52.857 doses enviadas.A Prefeitura de Campinas (SP) prevê iniciar nesta quinta-feira (11) a aplicação da vacina contra a dengue em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. As doses foram recebidas pelo município na terça (9), conforme a programação divulgada pelo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de São Paulo.Não é preciso realizar agendamento para receber a dose. A prefeitura orienta os moradores e apresentarem documento de identidade com foto e caderneta de vacinação, se houver.O g1 mostrou que o número de doses enviadas para Campinas é suficiente para 19% do público-alvo. Essa população é estimada em 91,2 mil pessoas na metrópole.Estado de emergênciaNo início de março, a Prefeitura de Campinas decretou estado de emergência para dengue. A medida permite a adoção de ações necessárias à contenção do aumento de casos com maior flexibilidade, ou seja, sem necessidade de licitação.Entre as ações, estão direcionamento de recursos financeiros e agilidade na compra de insumos, soro e materiais para nebulização, além de pagamento de horas extras e eventual contratação de efetivo para reforçar a assistência.Quando procurar atendimento?Em fevereiro a cidade já havia anunciado mudanças nos protocolos de atendimento. Desde então, a orientação é de que pacientes com febre busquem atendimento no centro de saúde mais próximo.Antes, a recomendação da prefeitura era que os moradores procurassem atendimento médico quando o paciente apresentasse febre e mais dois sintomas associados, como dor de cabeça, dor no corpo, náusea, vômito, manchas no corpo, dor articular e dor atrás dos olhos.Já os pacientes que, além da febre, apresentarem tontura, dor abdominal intensa, vômitos frequentes, suor frio e sangramentos devem recorrer a um pronto-socorro ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA).Pela primeira vez na história, circulam três sorotipos simultâneos na cidade: 1, 2 e 3. A Secretaria de Saúde destaca que os moradores não devem subestimar os sintomas.Orientações à população????️ A dengue causa febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, vômito e diarreia, resultando em desidratação. Veja algumas das medidas de prevenção:Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas de casa;Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;Mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;Tampe os tonéis e caixas d’água;Mantenha as calhas limpas;Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;Mantenha lixeiras bem tampadas;deixe ralos limpos e com aplicação de tela;Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas;Coloque repelentes elétricos próximos às janelas (o uso é contraindicado para pessoas alérgicas);Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;Evite produtos de higiene com perfume porque podem atrair insetos;Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e regiãoPlaylistTítulo da Playlist *VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região| em G1 / SP / Campinas e RegiãoVeja mais notícias da região no g1 Campinas Longe de atingir o pico de 100 mil casos de dengue previstos pelo prefeito Dário Saadi (Republicanos) para o mês de maio, Campinas (SP) ainda vive uma epidemia da doença com potencial de superar o ano de 2015, quando a metrópole teve o maior número de pacientes infectados da história, segundo o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa). “Os casos não estão diminuindo. Não podemos dar uma falsa sensação de segurança à população", diz Andréa Von Zuben, diretora do Devisa. Segundo a epidemiologista responsável pelo Devisa, a pasta tem acompanhado o aumento do número de casos e notificações suspeitas nas unidades de saúde da metrópole. Até esta quarta-feira (10), a metrópole soma 45.149 casos confirmados de dengue em 2024. ???? O montante representa a segunda maior epidemia da doença da história de Campinas, atrás apenas de 2015, quando 65.754 pacientes que se contaminaram pelo vírus. Os dados são do painel de arboviroses do município, que é atualizado em tempo real. A previsão da Saúde é que a metrópole atinja o pico de transmissão da doença após a 2ª quinzena de abril. No entanto, é difícil estimar um número de casos, segundo a diretora do Devisa. "A dengue tem um grau de imprevisibilidade muito grande, ainda não podemos afirmar se vamos ultrapassar os 100 mil casos. A máquina pública tem feito um esforço enorme para que isso não aconteça", afirma Andréa. Pico previsto Em março, durante uma reunião com gestores de hospitais para discutir o enfrentamento da dengue em Campinas, o prefeito comentou as projeções feitas pelo Devisa sobre o avanço da doença nas próximas oito semanas. ???? "A projeção indica que pode passar do pico de 2015, que foi 75 mil casos, chegando até 100 mil e podendo passar de 100 mil casos, entre três e oito semanas. Estamos observando uma curva que vai mostrar nas próximas semanas um atendimento que, sem dúvida, pode impactar não só o setor público, como o setor privado", destacou Saadi. ???? Embora os casos confirmados até abril representem 45% do pico histórico previsto para o próximo mês, a Saúde faz dois alertas: O número de casos em 2024 é maior em relação ao mesmo período de 2015, ano da maior epidemia da história; Os casos de dengue tendem a crescer e a cair de forma acelerada, no entanto, a queda no índice de transmissão deve acontecer nos meses de junho e julho. Em outras palavras, não é o momento de abaixar a guarda. Até porque, mesmo com as campanhas de combate ao Aedes aegypt, a adesão da população ainda deixa a desejar em alguns pontos da metrópole, segundo o Devisa. “O que as equipes trazem é que ainda há muitos criadouros e ainda temos dificuldades de adentrar nas casas”, diz Andréa. Vacina contra a dengue Vivian Honorato/Prefeitura de Londrina ????Vacina contra a dengue Segundo a administração municipal, os 18.063 imunizantes serão distribuídos nos 68 centros de saúde. Considerando os 19 municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC) contemplados após a redistribuição feita pelo Ministério da Saúde, serão 52.857 doses enviadas. . As doses foram recebidas pelo município na terça (9), conforme a programação divulgada pelo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de São Paulo. Não é preciso realizar agendamento para receber a dose. A prefeitura orienta os moradores e apresentarem documento de identidade com foto e caderneta de vacinação, se houver. O g1 mostrou que o número de doses enviadas para Campinas é suficiente para 19% do público-alvo. Essa população é estimada em 91,2 mil pessoas na metrópole. ⚠ Estado de emergência No início de março, a Prefeitura de Campinas decretou estado de emergência para dengue. A medida permite a adoção de ações necessárias à contenção do aumento de casos com maior flexibilidade, ou seja, sem necessidade de licitação. Entre as ações, estão direcionamento de recursos financeiros e agilidade na compra de insumos, soro e materiais para nebulização, além de pagamento de horas extras e eventual contratação de efetivo para reforçar a assistência. O Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, visto através de microscópio eletrônico na Fiocruz Pernambuco, no Recife. AP Photo/Felipe Dana ???? Quando procurar atendimento? Em fevereiro a cidade já havia anunciado mudanças nos protocolos de atendimento. Desde então, a orientação é de que pacientes com febre busquem atendimento no centro de saúde mais próximo. Antes, a recomendação da prefeitura era que os moradores procurassem atendimento médico quando o paciente apresentasse febre e mais dois sintomas associados, como dor de cabeça, dor no corpo, náusea, vômito, manchas no corpo, dor articular e dor atrás dos olhos. Já os pacientes que, além da febre, apresentarem tontura, dor abdominal intensa, vômitos frequentes, suor frio e sangramentos devem recorrer a um pronto-socorro ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Pela primeira vez na história, circulam três sorotipos simultâneos na cidade: 1, 2 e 3. A Secretaria de Saúde destaca que os moradores não devem subestimar os sintomas. Orientações à população ????️ A dengue causa febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, vômito e diarreia, resultando em desidratação. Veja algumas das medidas de prevenção: Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas de casa; Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol; Mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros; Tampe os tonéis e caixas d’água; Mantenha as calhas limpas; Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo; Mantenha lixeiras bem tampadas; deixe ralos limpos e com aplicação de tela; Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia; Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais; Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas; Coloque repelentes elétricos próximos às janelas (o uso é contraindicado para pessoas alérgicas); Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados; Evite produtos de higiene com perfume porque podem atrair insetos; Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa. 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