Consumo de tabaco diminui em todo o mundo, mas ainda há 1,25 bilhão de fumantes, aponta relatório da OMS

Tendências em 2022 mostram um declínio contínuo nas taxas de uso de tabaco globalmente - cerca de 1 em cada 5 adultos em todo o mundo em comparação com 1 em cada 3 em 2000. Em 2022, cerca de 1 em cada 5 adultos em todo o mundo era fumante PA MEDIA A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou nesta terça-feira (16) as últimas estimativas do relatório de tendências sobre o consumo de tabaco - e os números são animadores. Segundo a entidade, o fumo vem diminuindo ao longo dos anos. Em 2022, cerca de 1 em cada 5 adultos em todo o mundo era fumante, menos do que em 2000, quando esse número era de 1 em cada 3. No entanto, o mundo ainda tem hoje cerca de 1,25 bilhão de fumantes, sendo que o tabaco é responsável pela morte de mais de 8 milhões de pessoas por ano. Veja alguns números do relatório: 150 países estão conseguindo reduzir o uso do tabaco. O Brasil está entre os países que se destacam na diminuição do consumo. A OMS diz que conseguimos uma redução de 35% desde 2010. O Sudeste Asiático tem maior porcentagem de população tabagista: 26,5%, com a Europa atrás: 25,3%. O mundo chegará a uma redução relativa de 25% no uso de tabaco até 2025 (abaixo da meta esperada, de 30%). Seis países estão vendo o uso de tabaco aumentar: Congo, Egito, Indonésia, Jordânia, Omã e República da Moldávia. Homens x mulheres O relatório apontou que, em 2000, 16,3% das mulheres e 49,1% dos homens com 15 anos ou mais eram fumantes. Para 2025, a tendência é de queda: 6,7% (mulheres) e 32,9% (homens). Os números são ainda menores para 2030: 5,7% para o público feminino, e 30,6% para o masculino. Tivemos bons progressos no controle do tabaco nos últimos anos, mas não há tempo para complacência. Quando o governo pensa que ganhou a luta contra o tabaco, a indústria aproveita a oportunidade para manipular as políticas de saúde e vender seus produtos mortais. A OMS lembra que as medidas eficazes para reduzir o consumo de tabaco já são conhecidas. Os países precisam, então, se comprometer em proteger a população do tabaco. "Quando eles se compromotem, vemos resultados - uma redução na taxa de prevalência do consumo e populações mais saudáveis", diz o documento. Há 15 anos, a Organização Mundial de Saúde estabeleceu uma lista de medidas para combater o fumo, o MPOWER. O Brasil está entre os países que cumpriram inteiramente essas metas.

Mar 8, 2024 - 17:38
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Consumo de tabaco diminui em todo o mundo, mas ainda há 1,25 bilhão de fumantes, aponta relatório da OMS

Tendências em 2022 mostram um declínio contínuo nas taxas de uso de tabaco globalmente - cerca de 1 em cada 5 adultos em todo o mundo em comparação com 1 em cada 3 em 2000. Em 2022, cerca de 1 em cada 5 adultos em todo o mundo era fumante PA MEDIA A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou nesta terça-feira (16) as últimas estimativas do relatório de tendências sobre o consumo de tabaco - e os números são animadores. Segundo a entidade, o fumo vem diminuindo ao longo dos anos. Em 2022, cerca de 1 em cada 5 adultos em todo o mundo era fumante, menos do que em 2000, quando esse número era de 1 em cada 3. No entanto, o mundo ainda tem hoje cerca de 1,25 bilhão de fumantes, sendo que o tabaco é responsável pela morte de mais de 8 milhões de pessoas por ano. Veja alguns números do relatório: 150 países estão conseguindo reduzir o uso do tabaco. O Brasil está entre os países que se destacam na diminuição do consumo. A OMS diz que conseguimos uma redução de 35% desde 2010. O Sudeste Asiático tem maior porcentagem de população tabagista: 26,5%, com a Europa atrás: 25,3%. O mundo chegará a uma redução relativa de 25% no uso de tabaco até 2025 (abaixo da meta esperada, de 30%). Seis países estão vendo o uso de tabaco aumentar: Congo, Egito, Indonésia, Jordânia, Omã e República da Moldávia. Homens x mulheres O relatório apontou que, em 2000, 16,3% das mulheres e 49,1% dos homens com 15 anos ou mais eram fumantes. Para 2025, a tendência é de queda: 6,7% (mulheres) e 32,9% (homens). Os números são ainda menores para 2030: 5,7% para o público feminino, e 30,6% para o masculino. Tivemos bons progressos no controle do tabaco nos últimos anos, mas não há tempo para complacência. Quando o governo pensa que ganhou a luta contra o tabaco, a indústria aproveita a oportunidade para manipular as políticas de saúde e vender seus produtos mortais. A OMS lembra que as medidas eficazes para reduzir o consumo de tabaco já são conhecidas. Os países precisam, então, se comprometer em proteger a população do tabaco. "Quando eles se compromotem, vemos resultados - uma redução na taxa de prevalência do consumo e populações mais saudáveis", diz o documento. Há 15 anos, a Organização Mundial de Saúde estabeleceu uma lista de medidas para combater o fumo, o MPOWER. O Brasil está entre os países que cumpriram inteiramente essas metas.

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