SP tem alta de 32% em casos de gastroenterite em 2023; saiba como prevenir

Transmitida pelo contato com bactérias ou vírus presentes em água e alimentos contaminados, virose é comum no período de férias de verão. Casos de gastroenterite aumentam 30% em 2023 na Grande SP, na comparação com 2022 O estado de São Paulo teve uma alta de 32% nos casos de gastroenterite em 2023, em comparação com 2022, segundo a Secretaria de Estado da Saúde. A capital e a região metropolitana também tiveram aumento da virose no último ano. Comum, a virose é marcada pelos sintomas de diarreia, náuseas, vômitos, cólicas e febre. E o verão é uma época de atenção, já que as férias, o consumo de alimentos de origem desconhecida e as enchentes causadas pelas chuvas são fatores de risco. Gastroenterite: saiba quais são os sintomas e como evitar Casos de gastroenterite subiram em 2023 na Grande SP Reprodução/TV Globo Deve-se tomar cuidado especial com crianças e idosos, que têm organismos mais suscetíveis a infecções. A rede privada de hospitais São Camilo, por exemplo, registrou 447 casos de viroses gastrointestinais em crianças. Já são 86% do número de casos registrados em dezembro (518). No Hospital Infantil Sabará, foram 303 casos só nos primeiros 15 dias do ano, frente a 393 em dezembro inteiro. A pequena Alice, teve que passar parte das férias no Hospital Infantil Municipal Menino Jesus. "Ela começou a se queixar de dor de cabeça, dor abdominal, febre persistente. Estava sentindo dores no estômago, nas costas. A gente já traz para ver o que está acontecendo", diz a mãe, Bárbara Alves Lopes de Melo. Francisca Maria trouxe o enteado, com quadro parecido. "Já tem quase uma semana que ele está desse jeito." A gastroenterite é uma infecção intestinal, causada por vírus e bactérias presentes em água ou alimentos contaminados. Os sintomas costumam durar entre um dia e uma semana. A depender do microrganismo causador, no entanto, os sintomas podem evoluir para distúrbios neurológicos, renais, hepáticos, alérgicos, septicemia e até o óbito. Principais sintomas de gastroenterite Reprodução/TV Globo "A principal complicação seria o quadro de desidratação que ela pode ser uma desidratação leve, moderada ou severa. E aí você tem que avaliar, e você tem que infundir por veia um soro e ficar avaliando aquela pessoa de hora em hora para ver essa reposição", diz o infectologista Sergio Cimerman, do Hospital Emílio Ribas. Em 2022, o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), do governo de SP, registrou 1,36 milhão de casos da infecção; No ano passado, o número de casos saltou para 1,8 milhão, uma alta de 32%; Nos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo, a alta foi de 30% --de 663 mil para 866 mil; Até o dia 12 de janeiro, o CVE registrou 19.666 casos, dos quais 5.495 foram na Grande São Paulo. O atual período de chuvas favorece a proliferação da virose. Deve-se evitar o contato com água ou lama da enchente. "A recomendação é que você não consuma nenhum alimento que porventura tenha entrado em contato com essa água contaminada ou até mesmo retornar para sua casa, na baixa dessa água, dessa enchente, que você proceda inicialmente com higienização antes de entrar em contato com qualquer objeto dentro da sua residência", afirma Alessandra Lucchesi, diretora da divisão de doenças de transmissão hídrica e alimentar, do CVE-SP. Além disso, as quedas de energia decorrentes das chuvas, frequentes na região desde novembro, são um fator complicador. Alimentos perecíveis que ficarem sem refrigeração por falta de energia devem ser desprezados. Em novembro, ao menos 2,5 milhões de imóveis ficaram sem energia após temporais que atingiram o estado. O restabelecimento total levou mais de uma semana. Para evitar a gastroenterite, também devem ser observados cuidados básicos, como o consumo de água filtrada ou fervida por três minutos, e lavar bem as mãos antes de preparar alimentos ou se alimentar.

Mar 8, 2024 - 17:38
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SP tem alta de 32% em casos de gastroenterite em 2023; saiba como prevenir

Transmitida pelo contato com bactérias ou vírus presentes em água e alimentos contaminados, virose é comum no período de férias de verão. casos de gastroenterite aumentam 30% em 2023 na Grande SP, na comparação com 2022 O estado de São Paulo teve uma alta de 32% nos casos de gastroenterite em 2023, em comparação com 2022, segundo a Secretaria de Estado da Saúde. A capital e a região metropolitana também tiveram aumento da virose no último ano. Comum, a virose é marcada pelos sintomas de diarreia, náuseas, vômitos, cólicas e febre. E o verão é uma época de atenção, já que as férias, o consumo de alimentos de origem desconhecida e as enchentes causadas pelas chuvas são fatores de risco. Gastroenterite: saiba quais são os sintomas e como evitar Casos de gastroenterite subiram em 2023 na Grande SP Reprodução/TV Globo Deve-se tomar cuidado especial com crianças e idosos, que têm organismos mais suscetíveis a infecções. A rede privada de hospitais São Camilo, por exemplo, registrou 447 casos de viroses gastrointestinais em crianças. Já são 86% do número de casos registrados em dezembro (518). No Hospital Infantil Sabará, foram 303 casos só nos primeiros 15 dias do ano, frente a 393 em dezembro inteiro. A pequena Alice, teve que passar parte das férias no Hospital Infantil Municipal Menino Jesus. "Ela começou a se queixar de dor de cabeça, dor abdominal, febre persistente. Estava sentindo dores no estômago, nas costas. A gente já traz para ver o que está acontecendo", diz a mãe, Bárbara Alves Lopes de Melo. Francisca Maria trouxe o enteado, com quadro parecido. "Já tem quase uma semana que ele está desse jeito." A gastroenterite é uma infecção intestinal, causada por vírus e bactérias presentes em água ou alimentos contaminados. Os sintomas costumam durar entre um dia e uma semana. A depender do microrganismo causador, no entanto, os sintomas podem evoluir para distúrbios neurológicos, renais, hepáticos, alérgicos, septicemia e até o óbito. Principais sintomas de gastroenterite Reprodução/TV Globo "A principal complicação seria o quadro de desidratação que ela pode ser uma desidratação leve, moderada ou severa. E aí você tem que avaliar, e você tem que infundir por veia um soro e ficar avaliando aquela pessoa de hora em hora para ver essa reposição", diz o infectologista Sergio Cimerman, do Hospital Emílio Ribas. Em 2022, o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), do governo de SP, registrou 1,36 milhão de casos da infecção; No ano passado, o número de casos saltou para 1,8 milhão, uma alta de 32%; Nos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo, a alta foi de 30% --de 663 mil para 866 mil; Até o dia 12 de janeiro, o CVE registrou 19.666 casos, dos quais 5.495 foram na Grande São Paulo. O atual período de chuvas favorece a proliferação da virose. Deve-se evitar o contato com água ou lama da enchente. "A recomendação é que você não consuma nenhum alimento que porventura tenha entrado em contato com essa água contaminada ou até mesmo retornar para sua casa, na baixa dessa água, dessa enchente, que você proceda inicialmente com higienização antes de entrar em contato com qualquer objeto dentro da sua residência", afirma Alessandra Lucchesi, diretora da divisão de doenças de transmissão hídrica e alimentar, do CVE-SP. Além disso, as quedas de energia decorrentes das chuvas, frequentes na região desde novembro, são um fator complicador. Alimentos perecíveis que ficarem sem refrigeração por falta de energia devem ser desprezados. Em novembro, ao menos 2,5 milhões de imóveis ficaram sem energia após temporais que atingiram o estado. O restabelecimento total levou mais de uma semana. Para evitar a gastroenterite, também devem ser observados cuidados básicos, como o consumo de água filtrada ou fervida por três minutos, e lavar bem as mãos antes de preparar alimentos ou se alimentar.

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