Projeto de lei sobre cigarros eletrônicos é debatido no Senado brasileiro

Audiência pública discutiu regulamentação dos dispositivos no país, um mês após Anvisa manter proibição atual. Este conteúdo foi originalmente publicado em Projeto de lei sobre cigarros eletrônicos é debatido no Senado brasileiro no site CNN Brasil.

May 25, 2024 - 13:25
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Projeto de lei sobre cigarros eletrônicos é debatido no Senado brasileiro

O Senado Federal realizou nesta terça-feira (21) uma audiência pública para debater um projeto de lei que visa regulamentar os cigarros eletrônicos no Brasil. A discussão ocorre um mês depois da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidir manter a proibição desses dispositivos, norma que está em vigor desde 2009.

A audiência reuniu especialistas da área de saúde, representantes da indústria do tabaco e senadores para avançar nas discussões sobre o projeto de autoria da senadora Soraya Tronique (PL). A proposta dispõe sobre a produção, comercialização e propaganda dos cigarros eletrônicos, atualmente proibidos no país.

Segundo a senadora, a medida da Anvisa não tem evitado o acesso aos dispositivos popularmente conhecidos como “vapes”.

“Na verdade, nós estamos dentro de um limbo jurídico porque a Anvisa proibiu a comercialização e a importação, mas o consumo está totalmente permitido. Nós queremos colocar rédeas nesse mercado ilegal que tomou proporções impossíveis de retroceder”, afirmou.

Um estudo da Federação das Indústrias de Minas Gerais mostra que o Brasil poderia arrecadar cerca de R$ 3,5 bilhões em impostos, caso os cigarros eletrônicos fossem regulamentados. Além disso, seriam gerados 124 mil novos postos de trabalho formais e informais.

Por outro lado, o Conselho Federal de Medicina sustenta que o uso desses dispositivos não reduz a quantidade nem a qualidade da nicotina inalada, o que teria impacto direto nos gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com o tratamento de fumantes.

Dirceu Barbano, ex-diretor da Anvisa responsável por assinar a proibição dos cigarros eletrônicos em 2009, defende que os números atuais justificam uma regulamentação. “Quando houve a proibição, o mercado era muito restrito. Hoje, com o mercado já tomado de produtos e a facilidade para importá-los ilegalmente, me parece que não colocar esses produtos sob o mesmo controle sanitário aplicado ao cigarro convencional gera um problema”, afirmou.

O projeto de lei segue em tramitação na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e deve ser analisado por outras instâncias antes de seguir para a Câmara dos Deputados.

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