Número de casos de dengue em AL é mais que o triplo em relação ao 1º semestre de 2023

Vacina é forma mais eficaz de controlar infeção pelo mosquito Aedes aegypti, segundo o infectologista Fernando Maia. Imunizante está disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Como saber se você está com dengue e se é grave Nos cinco primeiros meses, Alagoas atingiu a marca de 7.188 casos prováveis de dengue, segundo o mais recente boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), divulgado nesta terça-feira (4). O número é mais que o triplo de casos registrados que o primeiro semestre de 2023: 2.176 casos prováveis. O aumento foi de 230,3%. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O Ministério da Saúde adota o conceito de caso provável para divulgação dos dados epidemiológicos. Caso provável é todo aquele notificado como suspeito, excluindo-se os casos descartados. Participe do canal do g1 AL no WhatsApp No ano passado, foi confirmada 1 morte em decorrência da dengue. Este ano, foram registrados 5 óbitos : Atalaia (1), Viçosa (1), Porto de Pedras (1), Rio Largo (1) e Maceió (1). Outras 6 mortes estão em investigação: Teotônio Vilela (1), Boca da Mata (1), Porto de Pedras (1), Viçosa (1), Atalaia (1) e Porto Calvo (1). No total, foram notificados 10.827 casos de dengue em 2024. Destes, 6.018 foram confirmados, 3.639 casos foram descartados e 1.170 aguardam encerramento. Dos 102 municípios alagoanos, apenas 21 não registraram casos de dengue. Segundo o boletim da Sesau, mais da metade dos casos registrados são de mulheres, com 54,1%. A faixa etária com mais casos notificados é a de pessoas entre 20 e 29 anos (25,7%). Aumento de casos de dengue tem relação com o clima O infectologista Fernando Maia explica que o aumento de casos da doença tem relação direta com a combinação entre chuvas intensas e calor excessivo. "Os casos de dengue estão muito relacionados ao período chuvoso, porque é na chuva que se formam os criadouros que permitem a multiplicação do mosquito transmissor, que é o Aedes aegypt. Geralmente nessa época é que aumenta mais. Tem chovido um bocado aqui em Alagoas nos últimos tempos e isso tem feito aparecer novos criadouros e por isso que tem feito aumentar a quantidade de mosquitos e isso reflete diretamente no aumento dos casos de dengue", disse. A dengue possui quatro sorotipos. Segundo a Sesau, todos podem gerar formas assintomáticas, leves ou graves e, inclusive, óbito. Em Alagoas, foram confirmados casos de três sorotipos (1, 2 e 3). O infectologista explicou que o fator de risco para dengue grave é a infecção repetida. "Não importa muito qual o sorotipo a pessoa tenha. Clinicamente todos são muito parecidos. O grande problema, a nossa maior preocupação, é quando a pessoa adquire uma segunda ou terceira infecção com um sorotipo diferente da primeira infecção. Esse é o fator de risco para desenvolver dengue grave, que a gente chamava antes de dengue hemorrágica. Então o grande problema é a infecção repetida. Esse é o principal fator de risco para forma grave", afirmou o médico. Vacina é essencial para controlar a doença O médico ressaltou a importância da vacina contra a dengue. Em Alagoas, a vacina está disponível em 12 cidades para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos (veja lista de cidades mais abaixo). "A vacina é importantíssima. Sem a vacina a gente não vai conseguir controlar essa de forma adequada. Então a vacina veio em boa hora e é importante que assim que for possível, que o Ministério da Saúde conseguir liberar um número maior de doses, é importante que todo mundo comece a se vacinar para que a gente possa ter um controle mais efetivo, porque se depender apenas do controle ambiental do mosquito, como se tem feito hoje, a gente não vai conseguir controlar a infecção. O controle só será possível com a vacinação em massa". Lista de cidades com vacinação contra a dengue Maceió Rio Largo Marechal Deodoro Coqueiro Seco Santa Luzia do Norte Satuba Barra de São Miguel Pilar Messias Flexeiras Paripueira Barra de Santo Antônio Assista aos vídeos mais recentes do g1 AL Veja mais notícias da região no g1 AL

Jun 8, 2024 - 06:20
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Número de casos de dengue em AL é mais que o triplo em relação ao 1º semestre de 2023
Vacina é forma mais eficaz de controlar infeção pelo mosquito Aedes aegypti, segundo o infectologista Fernando Maia. Imunizante está disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Como saber se você está com dengue e se é grave Nos cinco primeiros meses, Alagoas atingiu a marca de 7.188 casos prováveis de dengue, segundo o mais recente boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), divulgado nesta terça-feira (4). O Número é mais que o triplo de casos registrados que o primeiro semestre de 2023: 2.176 casos prováveis. O aumento foi de 230,3%. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O Ministério da Saúde adota o conceito de caso provável para divulgação dos dados epidemiológicos. Caso provável é todo aquele notificado como suspeito, excluindo-se os casos descartados. Participe do canal do g1 AL no WhatsApp No ano passado, foi confirmada 1 morte em decorrência da dengue. Este ano, foram registrados 5 óbitos : Atalaia (1), Viçosa (1), Porto de Pedras (1), Rio Largo (1) e Maceió (1). Outras 6 mortes estão em investigação: Teotônio Vilela (1), Boca da Mata (1), Porto de Pedras (1), Viçosa (1), Atalaia (1) e Porto Calvo (1). No total, foram notificados 10.827 casos de dengue em 2024. Destes, 6.018 foram confirmados, 3.639 casos foram descartados e 1.170 aguardam encerramento. Dos 102 municípios alagoanos, apenas 21 não registraram casos de dengue. Segundo o boletim da Sesau, mais da metade dos casos registrados são de mulheres, com 54,1%. A faixa etária com mais casos notificados é a de pessoas entre 20 e 29 anos (25,7%). Aumento de casos de dengue tem relação com o clima O infectologista Fernando Maia explica que o aumento de casos da doença tem relação direta com a combinação entre chuvas intensas e calor excessivo. "Os casos de dengue estão muito relacionados ao período chuvoso, porque é na chuva que se formam os criadouros que permitem a multiplicação do mosquito transmissor, que é o Aedes aegypt. Geralmente nessa época é que aumenta mais. Tem chovido um bocado aqui em Alagoas nos últimos tempos e isso tem feito aparecer novos criadouros e por isso que tem feito aumentar a quantidade de mosquitos e isso reflete diretamente no aumento dos casos de dengue", disse. A dengue possui quatro sorotipos. Segundo a Sesau, todos podem gerar formas assintomáticas, leves ou graves e, inclusive, óbito. Em Alagoas, foram confirmados casos de três sorotipos (1, 2 e 3). O infectologista explicou que o fator de risco para dengue grave é a infecção repetida. "Não importa muito qual o sorotipo a pessoa tenha. Clinicamente todos são muito parecidos. O grande problema, a nossa maior preocupação, é quando a pessoa adquire uma segunda ou terceira infecção com um sorotipo diferente da primeira infecção. Esse é o fator de risco para desenvolver dengue grave, que a gente chamava antes de dengue hemorrágica. Então o grande problema é a infecção repetida. Esse é o principal fator de risco para forma grave", afirmou o médico. Vacina é essencial para controlar a doença O médico ressaltou a importância da vacina contra a dengue. Em Alagoas, a vacina está disponível em 12 cidades para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos (veja lista de cidades mais abaixo). "A vacina é importantíssima. Sem a vacina a gente não vai conseguir controlar essa de forma adequada. Então a vacina veio em boa hora e é importante que assim que for possível, que o Ministério da Saúde conseguir liberar um Número maior de doses, é importante que todo mundo comece a se vacinar para que a gente possa ter um controle mais efetivo, porque se depender apenas do controle ambiental do mosquito, como se tem feito hoje, a gente não vai conseguir controlar a infecção. O controle só será possível com a vacinação em massa". Lista de cidades com vacinação contra a dengue Maceió Rio Largo Marechal Deodoro Coqueiro Seco Santa Luzia do Norte Satuba Barra de São Miguel Pilar Messias Flexeiras Paripueira Barra de Santo Antônio Assista aos vídeos mais recentes do g1 AL Veja mais notícias da região no g1 AL

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