Morte de recém-nascido por dengue: transmissão da doença de gestante para bebê não é comum, diz especialista

Infectologista afirma, no entanto, que transmissão depende do momento da infecção da gestante e pode ocorrer via passagem dos vírus pela placenta ou no parto. Bebê morreu no Paraná vítima da doença. Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue Reprodução/RBS TV A transmissão de dengue de uma gestante infectada com a doença para o bebê não é comum, afirmou a médica infectologista do Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba, Camila Lopes Ahrens. Quando acontece, no entanto, a transmissão pode ocorrer de duas formas, segundo a especialista. “A transmissão nesses casos pode ocorrer de duas formas, pode atravessar a barreira placentária e infectar o bebê ainda no útero e a transmissão no parto, especialmente se a mãe estiver na fase aguda da doença onde há quantidade grande de vírus no sangue", explicou a profissional. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram No Paraná, de acordo com último boletim epidemiológico divulgado na terça-feira (25) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), houve registro de morte um bebê, horas após o nascimento, vítima da doença. Segundo a Secretaria de Saúde de Marechal Cândido Rondon, uma gestante foi internada na cidade com dengue. Dias depois, o bebê nasceu em um parto cesárea, em Toledo. Com parada cardiorrespiratória e diagnóstico de dengue, o recém-nascido foi encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, mas não resistiu. Na nota encaminhada pela pasta não consta se a transmissão da doença ocorreu via placenta ou durante o parto. Leia também: Investigação: 'Precisamos saber se ela está viva ou morta', diz advogado da família de adolescente grávida desaparecida há três semanas Caso Tayná: 'Um pesadelo que a gente não consegue acordar', diz irmã sobre falta de respostas 11 anos após assassinato da adolescente Operação: Polícia cumpre reintegração de posse em prédio no Centro de Curitiba, e trânsito fica lento A especialista afirma que as gestantes tem mais chances de desenvolver o quadros mais graves da dengue. "A doença pode exacerbar um quadro mais sério e por estar grávida, gerar um quadro de tendência a hemorragia, podendo gerar consequências mais sérias para mãe e bebê", explicou a profissional. "O bebê contaminado com dengue, pode enfrentar várias complicações como febre alta, irritabilidade, sinais comuns de infecção, complicações hemorrágicas. Assim como os adultos, os bebês também podem sofrer sangramentos, dificuldades respiratórias e fadiga”, afirmou a infectologista. Dengue no Paraná O boletim da terça (25) também confirmou, além da morte do bebê, outras 12 vítimas da deonça no Paraná, que segundo a Sesa, ocorreram ocorreram entre 14 de março e 31 de maio. Mais de 20,6 mil casos também foram confirmados no boletim que faz um alerta sobre os cuidados com a doença, que devem ser mantidos, apesar da queda nas temperaturas. No atual ano epidemiológico, iniciado em julho de 2023, já foram registradas mais 881, 2 mil notificações, 526,5 mil casos e 473 mortes em decorrência da doença no Paraná. Conforme a secretaria, a regional de saúde de Londrina é que tem mais casos confirmados em números absolutos, com 64.208 diagnósticos, seguida pela regional de Cascavel com 62.045, e de Francisco Beltrão, com 60.150. Com relação as mortes, a regional de saúde de Londrina registra o maior número, com 86 mortes. Em seguida a regional de Cascavel, com 74 mortes - entre elas a do bebê de um dia -, e a de Francisco Beltrão, com 65. Quais os sintomas da dengue? A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada com o vírus. Após a picada, os sintomas podem aparecer em até 15 dias, segundo a Secretaria de Saúde. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é febre alta (39°C a 40°C), que dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. A dengue pode provocar também: manchas no rosto, tronco, braços e pernas. Os pacientes podem ter ainda perda de apetite, náuseas e vômitos. VÍDEOS: Mais assistidos g1 PR Leia mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.

Jul 1, 2024 - 17:18
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Morte de recém-nascido por dengue: transmissão da doença de gestante para bebê não é comum, diz especialista

Infectologista afirma, no entanto, que transmissão depende do momento da infecção da gestante e pode ocorrer via passagem dos vírus pela placenta ou no parto. Bebê morreu no Paraná vítima da doença. Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue Reprodução/RBS TV A transmissão de dengue de uma gestante infectada com a doença para o bebê não é comum, afirmou a médica infectologista do Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba, Camila Lopes Ahrens. Quando acontece, no entanto, a transmissão pode ocorrer de duas formas, segundo a especialista. “A transmissão nesses casos pode ocorrer de duas formas, pode atravessar a barreira placentária e infectar o bebê ainda no útero e a transmissão no parto, especialmente se a mãe estiver na fase aguda da doença onde há quantidade grande de vírus no sangue", explicou a profissional. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram No Paraná, de acordo com último boletim epidemiológico divulgado na terça-feira (25) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), houve registro de morte um bebê, horas após o nascimento, vítima da doença. Segundo a Secretaria de Saúde de Marechal Cândido Rondon, uma gestante foi internada na cidade com dengue. Dias depois, o bebê nasceu em um parto cesárea, em Toledo. Com parada cardiorrespiratória e diagnóstico de dengue, o recém-nascido foi encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, mas não resistiu. Na nota encaminhada pela pasta não consta se a transmissão da doença ocorreu via placenta ou durante o parto. Leia também: Investigação: 'Precisamos saber se ela está viva ou morta', diz advogado da família de adolescente grávida desaparecida há três semanas Caso Tayná: 'Um pesadelo que a gente não consegue acordar', diz irmã sobre falta de respostas 11 anos após assassinato da adolescente Operação: Polícia cumpre reintegração de posse em prédio no Centro de Curitiba, e trânsito fica lento A especialista afirma que as gestantes tem mais chances de desenvolver o quadros mais graves da dengue. "A doença pode exacerbar um quadro mais sério e por estar grávida, gerar um quadro de tendência a hemorragia, podendo gerar consequências mais sérias para mãe e bebê", explicou a profissional. "O bebê contaminado com dengue, pode enfrentar várias complicações como febre alta, irritabilidade, sinais comuns de infecção, complicações hemorrágicas. Assim como os adultos, os bebês também podem sofrer sangramentos, dificuldades respiratórias e fadiga”, afirmou a infectologista. Dengue no Paraná O boletim da terça (25) também confirmou, além da morte do bebê, outras 12 vítimas da deonça no Paraná, que segundo a Sesa, ocorreram ocorreram entre 14 de março e 31 de maio. Mais de 20,6 mil casos também foram confirmados no boletim que faz um alerta sobre os cuidados com a doença, que devem ser mantidos, apesar da queda nas temperaturas. No atual ano epidemiológico, iniciado em julho de 2023, já foram registradas mais 881, 2 mil notificações, 526,5 mil casos e 473 mortes em decorrência da doença no Paraná. Conforme a secretaria, a regional de saúde de Londrina é que tem mais casos confirmados em números absolutos, com 64.208 diagnósticos, seguida pela regional de Cascavel com 62.045, e de Francisco Beltrão, com 60.150. Com relação as mortes, a regional de saúde de Londrina registra o maior número, com 86 mortes. Em seguida a regional de Cascavel, com 74 mortes - entre elas a do bebê de um dia -, e a de Francisco Beltrão, com 65. Quais os sintomas da dengue? A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada com o vírus. Após a picada, os sintomas podem aparecer em até 15 dias, segundo a Secretaria de Saúde. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é febre alta (39°C a 40°C), que dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. A dengue pode provocar também: manchas no rosto, tronco, braços e pernas. Os pacientes podem ter ainda perda de apetite, náuseas e vômitos. VÍDEOS: Mais assistidos g1 PR Leia mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.

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