Maternidade no interior do AC proíbe visitas por causa de síndromes gripais; estado vive emergência

Gestantes em trabalho de parto e sintomas de gripe ficam em isolamento. Ao menos 96 pessoas morreram por causa de síndromes gripais no Acre em 2024. Visitas são suspensas em hospital no Acre por causa do aumento de síndromes gripais A Maternidade de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, suspendeu por tempo indeterminado todas as visitas na unidade por causa do número crescente de casos de doenças como gripe e pneumonia. A medida foi tomada para proteger mães e bebês internados na unidade. O estado está desde o dia 14 de maio em situação de emergência por conta dos registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave e da superlotação dos leitos de terapia intensiva. “Nós cuidamos de grávidas e recém-nascidos saudáveis e é uma preocupação muito grande nossa esse aumento de síndromes gripais e a superlotação na unidade. É até acalmar mais e assim que voltar ao normal a gente retorna com as visitas”, explicou a gerente da unidade, Iglê Monte. A gerente explicou ainda que todas as gestantes que dão entrada na maternidade com algum sintoma de gripe, estão sendo submetidas a exames Maternidade de Cruzeiro do Sul Mazinho Rogério/Rede Amazônica Acre “Elas fazem o teste aqui na unidade, [algumas] têm apresentado casos de Covid leve. Essas mães recebem o atendimento normal. Se for uma mãe com síndromes gripais leves e testar positivo, ela vai para casa. Se for grave, ela vai para o Hospital do Juruá”, explicou. O protocolo prevê ainda casos em que a pessoa gestante que tenha entrado em trabalho de parto e testado positivo para algum tipo de síndrome gripal fique em isolamento. Outro apelo feito pela direção da maternidade é para que a comunidade evite levar acompanhantes que estejam com sintomas de gripe para a unidade. “A gestão não fazemos sozinhas, fazemos com a população. É importante que esse cuidado venha desde casa, se atenham aos sinais como tosse, coriza, dores do corpo. Essas pessoas não podem ser acompanhantes. A preocupação tem que ser coletiva”, finalizou. Maternidade de Cruzeiro do Sul Mazinho Rogério/Rede Amazônica Acre Boletim epidemiológico O último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do Acre aponta que entre janeiro e maio deste ano foram registrados 11.265 casos de síndromes gripais no estado. O número é menor que os do ano anterior no mesmo período, 12.631. O documento aponta, no entanto, que embora o número de notificações seja menor que em 2023, houve um aumento considerável nos casos entre as semanas epidemiológicas 10 a 22 em comparação com o ano anterior. Crianças de 0 a nove anos e idosos a partir dos 60 são os mais suscetíveis a desenvolver síndromes respiratórias agudas graves. Já pessoas na faixa entre 20 e 29 anos são as mais afetadas por síndromes gripais sem gravidade. O boletim aponta ainda 96 registros de pessoas que morreram por causa de síndromes gripais. A maior parte delas na capital, Rio Branco, onde ao menos 41 pessoas perderam a vida. A maioria tinha mais de 60 anos. Colaborou Mazinho Rogério, da Rede Amazônica Acre Vídeos g1:

Jun 14, 2024 - 19:50
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Maternidade no interior do AC proíbe visitas por causa de síndromes gripais; estado vive emergência

Gestantes em trabalho de parto e sintomas de gripe ficam em isolamento. Ao menos 96 pessoas morreram por causa de síndromes gripais no Acre em 2024. Visitas são suspensas em hospital no Acre por causa do aumento de síndromes gripais A Maternidade de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, suspendeu por tempo indeterminado todas as visitas na unidade por causa do número crescente de casos de doenças como gripe e pneumonia. A medida foi tomada para proteger mães e bebês internados na unidade. O estado está desde o dia 14 de maio em situação de emergência por conta dos registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave e da superlotação dos leitos de terapia intensiva. “Nós cuidamos de grávidas e recém-nascidos saudáveis e é uma preocupação muito grande nossa esse aumento de síndromes gripais e a superlotação na unidade. É até acalmar mais e assim que voltar ao normal a gente retorna com as visitas”, explicou a gerente da unidade, Iglê Monte. A gerente explicou ainda que todas as gestantes que dão entrada na Maternidade com algum sintoma de gripe, estão sendo submetidas a exames Maternidade de Cruzeiro do Sul Mazinho Rogério/Rede Amazônica Acre “Elas fazem o teste aqui na unidade, [algumas] têm apresentado casos de Covid leve. Essas mães recebem o atendimento normal. Se for uma mãe com síndromes gripais leves e testar positivo, ela vai para casa. Se for grave, ela vai para o Hospital do Juruá”, explicou. O protocolo prevê ainda casos em que a pessoa gestante que tenha entrado em trabalho de parto e testado positivo para algum tipo de síndrome gripal fique em isolamento. Outro apelo feito pela direção da Maternidade é para que a comunidade evite levar acompanhantes que estejam com sintomas de gripe para a unidade. “A gestão não fazemos sozinhas, fazemos com a população. É importante que esse cuidado venha desde casa, se atenham aos sinais como tosse, coriza, dores do corpo. Essas pessoas não podem ser acompanhantes. A preocupação tem que ser coletiva”, finalizou. Maternidade de Cruzeiro do Sul Mazinho Rogério/Rede Amazônica Acre Boletim epidemiológico O último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do Acre aponta que entre janeiro e maio deste ano foram registrados 11.265 casos de síndromes gripais no estado. O número é menor que os do ano anterior no mesmo período, 12.631. O documento aponta, no entanto, que embora o número de notificações seja menor que em 2023, houve um aumento considerável nos casos entre as semanas epidemiológicas 10 a 22 em comparação com o ano anterior. Crianças de 0 a nove anos e idosos a partir dos 60 são os mais suscetíveis a desenvolver síndromes respiratórias agudas graves. Já pessoas na faixa entre 20 e 29 anos são as mais afetadas por síndromes gripais sem gravidade. O boletim aponta ainda 96 registros de pessoas que morreram por causa de síndromes gripais. A maior parte delas na capital, Rio Branco, onde ao menos 41 pessoas perderam a vida. A maioria tinha mais de 60 anos. Colaborou Mazinho Rogério, da Rede Amazônica Acre Vídeos g1:

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