Mais de um bilhão de pessoas vivem com obesidade no mundo, aponta relatório global

Análise reuniu dados de 3.663 pesquisas científicas realizadas entre 1990 e 2022 com adultos, crianças e adolescentes em 200 países e territórios. Mais de um bilhão de pessoas vivem com obesidade no mundo Divulgação Ao longo dos últimos 30 anos, as taxas de obesidade entre crianças e adolescentes em todo o mundo aumentaram quatro vezes, enquanto os números dos adultos mais do que dobraram. O relatório também mostra que 43% dos adultos estavam acima do peso em 2022. Os dados são de uma análise global conduzida pela NCD Risk Factor Collaboration (NCD-RisC), em colaboração com a Organização Mundial de Saúde (OMS), publicada na revista científica "The Lancet" nesta quinta-feira (29). O relatório reuniu informações de 3.663 estudos de base populacional com 222 milhões de participantes em 200 países e territórios, e teve contribuição de mais de 1.500 pesquisadores. No passado, pensávamos na obesidade como um problema dos ricos. A obesidade é um problema do mundo. ATLAS DA OBESIDADE: veja lista dos 20 países com maior percentual Segundo o documento, 159 milhões de crianças e adolescentes e 879 milhões de adultos viviam com obesidade em 2022, somando mais de um bilhão de pessoas afetadas pela obesidade. Ou seja, uma em cada oito pessoas vive com obesidade no planeta. A análise também trouxe taxas de baixo peso entre os anos pesquisados. A proporção de crianças e adolescentes afetados pelo baixo peso caiu cerca de um quinto em meninas e mais de um terço em meninos. Em adultos, a proporção caiu mais da metade. A obesidade e o baixo peso são formas de desnutrição e são prejudiciais à saúde das pessoas de muitas maneiras, alertam os pesquisadores. Veja os números da análise global: As taxas globais de obesidade mais do que quadruplicaram em meninas (1,7% para 6,9%) e meninos (2,1% para 9,3%) entre 1990 e 2022; O número total de crianças e adolescentes que foram afetados pela obesidade em 2022 foi de 159 milhões (65 milhões de meninas e 94 milhões de meninos), em comparação com 31 milhões em 1990; O Brasil ocupou o 54º lugar na classificação geral de obesidade em crianças e adolescentes em 2022. A taxa aumentou de 3,1% em 1990 para 14,3% em 2022 para meninas e 3,1% para 17,1% para meninos no mesmo recorte de tempo. As taxas de obesidade mais que dobraram entre as mulheres (8,8% para 18,5%) e quase triplicaram nos homens (4,8% para 14,0%) entre 1990 e 2022; 879 milhões de adultos viviam com obesidade em 2022 (504 milhões de mulheres e 374 milhões de homens), em comparação com 195 milhões registrados em 1990. O Brasil ocupou o 70º lugar na classificação geral de obesidade em mulheres. A taxa de obesidade aumentou de 11,9% em 1990 para 32,6% em 2022. A prevalência da obesidade foi classificada como a 65ª mais alta do mundo para os homens em 2022. A taxa aumentou de 5,8% em 1990 para 25% em 2022. É muito preocupante que a epidemia de obesidade que era evidente entre adultos em grande parte do mundo em 1990 agora se espelhe em crianças e adolescentes em idade escolar. Para combater com sucesso ambas as formas de desnutrição, é vital que melhoremos significativamente a disponibilidade e a acessibilidade de alimentos saudáveis e nutritivos. Importância da prevenção e controle da obesidade Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, ressaltou que governos, indústrias e comunidades precisam trabalhar juntos para combater a obesidade. "Este novo estudo destaca a importância de prevenir e controlar a obesidade desde o início da vida até a idade adulta, por meio de dieta, atividade física e cuidados adequados, conforme necessário. Voltar aos trilhos para cumprir as metas globais para conter a obesidade exigirá o trabalho de governos e comunidades, apoiado por políticas baseadas em evidências da OMS e agências nacionais de saúde pública", disse. Semaglutida é remédio, não é cosmético; quando as canetas para obesidade e diabetes são indicadas Caneta injetável não é para todo mundo; mudanças nos hábitos podem ajudar na perda de peso Canetas para tratar obesidade e diabetes tipo 2: entenda como agem

Mar 8, 2024 - 17:37
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Mais de um bilhão de pessoas vivem com obesidade no mundo, aponta relatório global

Análise reuniu dados de 3.663 pesquisas científicas realizadas entre 1990 e 2022 com adultos, crianças e adolescentes em 200 países e territórios. Mais de um bilhão de pessoas vivem com obesidade no mundo Divulgação Ao longo dos últimos 30 anos, as taxas de obesidade entre crianças e adolescentes em todo o mundo aumentaram quatro vezes, enquanto os números dos adultos mais do que dobraram. O relatório também mostra que 43% dos adultos estavam acima do peso em 2022. Os dados são de uma análise global conduzida pela NCD Risk Factor Collaboration (NCD-RisC), em colaboração com a Organização Mundial de Saúde (OMS), publicada na revista científica "The Lancet" nesta quinta-feira (29). O relatório reuniu informações de 3.663 estudos de base populacional com 222 milhões de participantes em 200 países e territórios, e teve contribuição de mais de 1.500 pesquisadores. No passado, pensávamos na obesidade como um problema dos ricos. A obesidade é um problema do mundo. ATLAS DA obesidade: veja lista dos 20 países com maior percentual Segundo o documento, 159 milhões de crianças e adolescentes e 879 milhões de adultos viviam com obesidade em 2022, somando mais de um bilhão de pessoas afetadas pela obesidade. Ou seja, uma em cada oito pessoas vive com obesidade no planeta. A análise também trouxe taxas de baixo peso entre os anos pesquisados. A proporção de crianças e adolescentes afetados pelo baixo peso caiu cerca de um quinto em meninas e mais de um terço em meninos. Em adultos, a proporção caiu mais da metade. A obesidade e o baixo peso são formas de desnutrição e são prejudiciais à saúde das pessoas de muitas maneiras, alertam os pesquisadores. Veja os números da análise global: As taxas globais de obesidade mais do que quadruplicaram em meninas (1,7% para 6,9%) e meninos (2,1% para 9,3%) entre 1990 e 2022; O número total de crianças e adolescentes que foram afetados pela obesidade em 2022 foi de 159 milhões (65 milhões de meninas e 94 milhões de meninos), em comparação com 31 milhões em 1990; O Brasil ocupou o 54º lugar na classificação geral de obesidade em crianças e adolescentes em 2022. A taxa aumentou de 3,1% em 1990 para 14,3% em 2022 para meninas e 3,1% para 17,1% para meninos no mesmo recorte de tempo. As taxas de obesidade mais que dobraram entre as mulheres (8,8% para 18,5%) e quase triplicaram nos homens (4,8% para 14,0%) entre 1990 e 2022; 879 milhões de adultos viviam com obesidade em 2022 (504 milhões de mulheres e 374 milhões de homens), em comparação com 195 milhões registrados em 1990. O Brasil ocupou o 70º lugar na classificação geral de obesidade em mulheres. A taxa de obesidade aumentou de 11,9% em 1990 para 32,6% em 2022. A prevalência da obesidade foi classificada como a 65ª mais alta do mundo para os homens em 2022. A taxa aumentou de 5,8% em 1990 para 25% em 2022. É muito preocupante que a epidemia de obesidade que era evidente entre adultos em grande parte do mundo em 1990 agora se espelhe em crianças e adolescentes em idade escolar. Para combater com sucesso ambas as formas de desnutrição, é vital que melhoremos significativamente a disponibilidade e a acessibilidade de alimentos saudáveis e nutritivos. Importância da prevenção e controle da obesidade Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, ressaltou que governos, indústrias e comunidades precisam trabalhar juntos para combater a obesidade. "Este novo estudo destaca a importância de prevenir e controlar a obesidade desde o início da vida até a idade adulta, por meio de dieta, atividade física e cuidados adequados, conforme necessário. Voltar aos trilhos para cumprir as metas globais para conter a obesidade exigirá o trabalho de governos e comunidades, apoiado por políticas baseadas em evidências da OMS e agências nacionais de saúde pública", disse. Semaglutida é remédio, não é cosmético; quando as canetas para obesidade e diabetes são indicadas Caneta injetável não é para todo mundo; mudanças nos hábitos podem ajudar na perda de peso Canetas para tratar obesidade e diabetes tipo 2: entenda como agem

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