Irmãos viralizam com vídeo ensinando como combater a dengue: 'Semente que dá frutos', diz mãe

'Brigada Mirim', iniciativa da Associação de Moradores da região do Retiro, em Jundiaí (SP), tem os irmãos Manoela, Rafael e Antônio Vieira, de 12, 10 e oito anos, respectivamente, como protagonistas. Ação poderá se transformar em um projeto de Lei para que a ideia seja replicada em todos os bairros da cidade. Vídeo dos irmãos faz parte de uma iniciativa da Associação de Moradores da região do Retiro Reprodução O aumento no número dos casos de dengue em todo o país segue sendo monitorado com atenção pelas autoridades locais. Jundiaí, no interior de São Paulo, registrou até quinta-feira (22), mais de 500 casos da doença e a prefeitura tem promovido diversas ações de conscientização e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Com o assunto em alta, o interesse em saber sobre como combater a doença não se limitou apenas aos adultos. Uma iniciativa da Associação de Moradores da região do Retiro, com o protagonismo de três crianças, viralizou nas redes sociais com um vídeo no qual os pequenos explicam como eliminar os criadouros do mosquito (assista abaixo). ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp No vídeo, os irmãos Manoela, Rafael e Antônio Vieira, de 12, 10 e oito anos, respectivamente, explicam cinco formas de prevenção da doença. O vídeo, divulgado em diversos grupos da cidade, chegou até a prefeitura e, agora, o trabalho da Associação, que recebe o nome de “Brigada Mirim”, poderá se transformar em um projeto de Lei para que a ideia seja replicada em todos os bairros da cidade. Ao g1, a mãe das crianças, Ana Elisa Vieira, explica que a ideia surgiu após uma reunião entre um vereador da cidade e as gerentes das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Guanabara e Retiro para discutir a possibilidade do aumento nos casos de dengue na região. O vídeo já conta com milhares de visualizações nas redes sociais. “Foram estipuladas estratégias para o combate à dengue e o vereador do bairro, parceiro da associação dos moradores, deu a ideia de criarmos a Brigada Mirim de combate à dengue. O convite foi feito para as crianças, que viralizaram. A ideia foi aprovada pelos que participaram e por mim, que sou mãe”, diz. Irmãos viralizam com vídeo ensinando como combater a dengue Segundo Ana, as crianças da Brigada Mirim se reúnem e pensam nas ideias de como poderiam atuar no bairro. “Foi elaborado um folder para entregar às pessoas, placas e material lúdico para a apresentação das crianças”, explica. Com isso, as crianças apresentam os folders aos moradores do bairro, comércios e até na UBS com informações sobre como eliminar os criadouros do mosquito. Além disso, diversos pontos da região contam com banners da Brigada Mirim com fotos das crianças. O projeto, que já existe há dois meses, foi compartilhado com órgãos da prefeitura e contou com uma apresentação feita pelas próprias crianças. Questionados sobre a importância do projeto, o trio de irmãos responde quase que em uníssono: “queremos combater a dengue.” Folders com fotos das crianças estão espalhados por diversos pontos da região Arquivo pessoal A mãe explica que o interesse dos filhos em iniciar o projeto partiu dos trabalhos realizados nas escolas em que estudam. “Mas é a primeira vez que eles estão inseridos em um projeto de grande evidência”, conta. “Este trabalho é maravilhoso. É a construção de sociedade que entende o seu papel. As crianças são as fiscais em suas casas, e vão replicar em toda a cidade. Mais de 80% dos criadouros dos mosquitos estão dentro de nossas casas, por isso a importância das nossas crianças protagonizarem a brigada contra o mosquito”, elogiou o prefeito Luiz Fernando Machado. Irmãos apresentaram o projeto para a prefeitura Prefeitura de Jundiaí/Divulgação Ana Elisa afirma sentir felicidade e orgulho ao ver que “a sementinha” que plantou tem dado frutos. “A educação é fundamental na vida das crianças, pois as conduz a algo nobre, que traz ajuda e cuidado ao próximo. Infelizmente, muitas pessoas não têm consciência sobre a gravidade do problema da dengue. Em nosso bairro, existem famílias muito humilde que provavelmente desconhecem a dimensão do desafio que nosso país enfrenta”, inicia. “É nosso dever espalhar entre as pessoas essa semente de conscientização e educação, sobre a prevenção e os sintomas transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti”, completa. O ciclo do mosquito As larvas do Aedes aegypti são encontradas em vários locais, e começam a agir em pouco tempo. A fêmea deposita os ovos nas bordas de recipientes, como pneus, vasos, calhas e bebedouros. Se houver água parada, as larvas ganham vida em cerca de dois dias. O ciclo do mosquito tem quatro fases: Distribuição dos ovos; Desenvolvimento das larvas na água; Pupa, que representa a transição do estágio de larva para a fase adulta; Mosquito formado e pronto para continuar o ciclo de vida. Ciclo do mosquito transmissor da dengue (aedes aegypti) possui quatro fases Reprodução/TV TEM O Aedes aegypti, quando não combatido, vive até 45 dias.

Mar 8, 2024 - 17:37
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Irmãos viralizam com vídeo ensinando como combater a dengue: 'Semente que dá frutos', diz mãe

'Brigada Mirim', iniciativa da Associação de Moradores da região do Retiro, em Jundiaí (SP), tem os irmãos Manoela, Rafael e Antônio Vieira, de 12, 10 e oito anos, respectivamente, como protagonistas. Ação poderá se transformar em um projeto de Lei para que a ideia seja replicada em todos os bairros da cidade. Vídeo dos irmãos faz parte de uma iniciativa da Associação de Moradores da região do Retiro Reprodução O aumento no número dos casos de dengue em todo o país segue sendo monitorado com atenção pelas autoridades locais. Jundiaí, no interior de São Paulo, registrou até quinta-feira (22), mais de 500 casos da doença e a prefeitura tem promovido diversas ações de conscientização e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Com o assunto em alta, o interesse em saber sobre como combater a doença não se limitou apenas aos adultos. Uma iniciativa da Associação de Moradores da região do Retiro, com o protagonismo de três crianças, viralizou nas redes sociais com um vídeo no qual os pequenos explicam como eliminar os criadouros do mosquito (assista abaixo). ???? Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp No vídeo, os irmãos Manoela, Rafael e Antônio Vieira, de 12, 10 e oito anos, respectivamente, explicam cinco formas de prevenção da doença. O vídeo, divulgado em diversos grupos da cidade, chegou até a prefeitura e, agora, o trabalho da Associação, que recebe o nome de “Brigada Mirim”, poderá se transformar em um projeto de Lei para que a ideia seja replicada em todos os bairros da cidade. Ao g1, a mãe das crianças, Ana Elisa Vieira, explica que a ideia surgiu após uma reunião entre um vereador da cidade e as gerentes das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Guanabara e Retiro para discutir a possibilidade do aumento nos casos de dengue na região. O vídeo já conta com milhares de visualizações nas redes sociais. “Foram estipuladas estratégias para o combate à dengue e o vereador do bairro, parceiro da associação dos moradores, deu a ideia de criarmos a Brigada Mirim de combate à dengue. O convite foi feito para as crianças, que viralizaram. A ideia foi aprovada pelos que participaram e por mim, que sou mãe”, diz. Irmãos viralizam com vídeo ensinando como combater a dengue Segundo Ana, as crianças da Brigada Mirim se reúnem e pensam nas ideias de como poderiam atuar no bairro. “Foi elaborado um folder para entregar às pessoas, placas e material lúdico para a apresentação das crianças”, explica. Com isso, as crianças apresentam os folders aos moradores do bairro, comércios e até na UBS com informações sobre como eliminar os criadouros do mosquito. Além disso, diversos pontos da região contam com banners da Brigada Mirim com fotos das crianças. O projeto, que já existe há dois meses, foi compartilhado com órgãos da prefeitura e contou com uma apresentação feita pelas próprias crianças. Questionados sobre a importância do projeto, o trio de irmãos responde quase que em uníssono: “queremos combater a dengue.” Folders com fotos das crianças estão espalhados por diversos pontos da região Arquivo pessoal A mãe explica que o interesse dos filhos em iniciar o projeto partiu dos trabalhos realizados nas escolas em que estudam. “Mas é a primeira vez que eles estão inseridos em um projeto de grande evidência”, conta. “Este trabalho é maravilhoso. É a construção de sociedade que entende o seu papel. As crianças são as fiscais em suas casas, e vão replicar em toda a cidade. Mais de 80% dos criadouros dos mosquitos estão dentro de nossas casas, por isso a importância das nossas crianças protagonizarem a brigada contra o mosquito”, elogiou o prefeito Luiz Fernando Machado. Irmãos apresentaram o projeto para a prefeitura Prefeitura de Jundiaí/Divulgação Ana Elisa afirma sentir felicidade e orgulho ao ver que “a sementinha” que plantou tem dado frutos. “A educação é fundamental na vida das crianças, pois as conduz a algo nobre, que traz ajuda e cuidado ao próximo. Infelizmente, muitas pessoas não têm consciência sobre a gravidade do problema da dengue. Em nosso bairro, existem famílias muito humilde que provavelmente desconhecem a dimensão do desafio que nosso país enfrenta”, inicia. “É nosso dever espalhar entre as pessoas essa semente de conscientização e educação, sobre a prevenção e os sintomas transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti”, completa. O ciclo do mosquito As larvas do Aedes aegypti são encontradas em vários locais, e começam a agir em pouco tempo. A fêmea deposita os ovos nas bordas de recipientes, como pneus, vasos, calhas e bebedouros. Se houver água parada, as larvas ganham vida em cerca de dois dias. O ciclo do mosquito tem quatro fases: Distribuição dos ovos; Desenvolvimento das larvas na água; Pupa, que representa a transição do estágio de larva para a fase adulta; Mosquito formado e pronto para continuar o ciclo de vida. Ciclo do mosquito transmissor da dengue (aedes aegypti) possui quatro fases Reprodução/TV TEM O Aedes aegypti, quando não combatido, vive até 45 dias. As fêmeas precisam do sangue humano para sobreviverem e procriarem, e são elas as responsáveis pela transmissão dos três vírus dos quais a espécie é hospedeira: dengue, zika e chikungunya. Estudos em andamento agora tentam identificar se a fêmea contaminada pode transmitir os vírus às larvas filhas. Seria o processo chamado de transmissão vertical. Se isso ocorrer, elas já estariam contaminadas desde o nascimento, e não somente depois da fêmea adulta picar uma pessoa doente. Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

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