É #FAKE que chá de folha de mamão evita dengue grave

Médico infectologista Marcos Junqueira Lago define mensagens como um 'desserviço'. Ele afirma que não existe evidência de que este tipo de bebida ajude a elevar o nível de plaquetas no sangue. Circulam nas redes sociais vídeos em que pessoas afirmam que o uso do chá de folha de mamão deve ser usado no tratamento de casos de dengue para elevar o nível de plaquetas a ponto de prevenir forma mais grave da doença. É #FAKE. selo fake g1 ✅ Clique aqui para seguir o canal do Fato ou Fake no WhatsApp Em um dos vídeos, uma mulher diz: “Isso salva vidas, isso faz toda a diferença. Se você está com as plaquetas baixas ou se tem alguém na sua família com as plaquetas baixas, faz chá de folha de mamão”. O Fato ou Fake mostrou o vídeo para o médico infectologista Marcos Junqueira Lago, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que desmentiu o conteúdo e o definiu como um “desserviço”. “É falso, é fake dizer que essa substância vai proteger pessoas com dengue de terem quadros graves de plaqueta baixa”, afirmou o médico ao Fato ou Fake. Junqueira Lago destacou a distorção de alguns estudos que realmente investigam o uso do extrato da folha de mamão, de forma concentrada, e não o chá, na possível elevação do nível de plaquetas —mas que isso não é suficiente para evitar a forma mais grave da doença. “Não existe evidência de que esse extrato ou o chá possa proteger de ter dengue hemorrágica e plaqueta baixas”, disse o infectologista. O ideal é, ao primeiro sinal da doença, procurar um médico para a avaliação do quadro. Dengue: entenda por que a forma grave da doença não deve ser chamada de hemorrágica Recomendações do Ministério da Saúde A página do Ministério da Saúde dedicada a informações sobre a dengue destaca a importância do controle do vetor da doença, o mosquito Aedes Aegypti, e afirma que não existe tratamento específico para a doença. “O tratamento é baseado principalmente na reposição de líquidos adequada”, afirma o texto. O Ministério da Saúde recomenda, além do repouso e da reposição de líquidos, que os pacientes não se automediquem e que procurem imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme.

Mar 8, 2024 - 17:37
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É #FAKE que chá de folha de mamão evita dengue grave

Médico infectologista Marcos Junqueira Lago define mensagens como um 'desserviço'. Ele afirma que não existe evidência de que este tipo de bebida ajude a elevar o nível de plaquetas no sangue. Circulam nas redes sociais vídeos em que pessoas afirmam que o uso do chá de folha de mamão deve ser usado no tratamento de casos de dengue para elevar o nível de plaquetas a ponto de prevenir forma mais grave da doença. É #FAKE. selo fake g1 ✅ Clique aqui para seguir o canal do Fato ou Fake no WhatsApp Em um dos vídeos, uma mulher diz: “Isso salva vidas, isso faz toda a diferença. Se você está com as plaquetas baixas ou se tem alguém na sua família com as plaquetas baixas, faz chá de folha de mamão”. O Fato ou Fake mostrou o vídeo para o médico infectologista Marcos Junqueira Lago, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que desmentiu o conteúdo e o definiu como um “desserviço”. “É falso, é fake dizer que essa substância vai proteger pessoas com dengue de terem quadros graves de plaqueta baixa”, afirmou o médico ao Fato ou Fake. Junqueira Lago destacou a distorção de alguns estudos que realmente investigam o uso do extrato da folha de mamão, de forma concentrada, e não o chá, na possível elevação do nível de plaquetas —mas que isso não é suficiente para evitar a forma mais grave da doença. “Não existe evidência de que esse extrato ou o chá possa proteger de ter dengue hemorrágica e plaqueta baixas”, disse o infectologista. O ideal é, ao primeiro sinal da doença, procurar um médico para a avaliação do quadro. Dengue: entenda por que a forma grave da doença não deve ser chamada de hemorrágica Recomendações do Ministério da Saúde A página do Ministério da Saúde dedicada a informações sobre a dengue destaca a importância do controle do vetor da doença, o mosquito Aedes Aegypti, e afirma que não existe tratamento específico para a doença. “O tratamento é baseado principalmente na reposição de líquidos adequada”, afirma o texto. O Ministério da Saúde recomenda, além do repouso e da reposição de líquidos, que os pacientes não se automediquem e que procurem imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme.

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