Dengue: Ministério da Saúde instala centro de operações de emergência no país

Iniciativa tem o objetivo de conter o avanço da doença, acelerar atendimentos e o fornecimento de matéria-prima para as unidades de saúde. O Ministério da Saúde lança, neste sábado (3), um Centro de Operações de Emergência (COE), em Brasília, para tentar evitar uma epidemia de casos de dengue em todo o país. Até agora, decretaram estado de emergência o Acre, o Rio de Janeiro, Minas Gerais, alguns municípios de Goiás, e o Distrito Federal — que registrou aumento de 1.060% nos casos da doença. O Paraná também enfrenta situação crítica e tem uma das maiores taxas de incidência da doença, mas ainda não decretou estado de emergência. Ministério da Saúde cria centro para combater avanço da dengue, em Goiás Em entrevista à TV Globo, a ministra Nísia Trindade adiantou a publicação de uma portaria no Diário Oficial da União (DOU) sobre as atividades que serão desenvolvidas pelo centro de operações. A publicação saiu em edição extra do DOU na noite desta sexta (leia mais abaixo). O objetivo, segundo o Ministério, é dar mais agilidade no monitoramento e na análise do cenário nacional e, assim, reforçar a assistência nos estados e municípios, inclusive no fornecimento de matéria-prima para as unidades básicas de saúde e hospitais. Segundo a ministra, serão destinados R$ 140 milhões por mês para essa finalidade. "O que ele faz [Centro de Operações de Emergência] é estar unindo secretarias e áreas técnicas do Ministério da Saúde com o conselho de estados e municípios, com a finalidade de, rapidamente, poder agir, poder ver onde precisa de mais soro, onde precisa de uma atenção maior de reforço de profissionais de saúde", pontuou Nísia. "Então, estaremos mobilizados como já fizemos em situações de inundação e secas para apoiar os municípios em tudo o que for possível", completou a ministra. Neste ano, o Brasil já registrou 262.242 casos prováveis de dengue. O painel de monitoramento de arboviroses do governo contabilizou 29 mortes pela doença neste ano e outras 173 seguem em investigação. "Nós não caracterizamos ainda como uma situação nacional de epidemia, mas como uma situação de preocupação, de cuidado, de não permitir que a explosão de casos aconteça de uma forma que leve a esse grande desafio da saúde da população e do sistema de saúde, uma vez que são necessários leitos, necessária a hidratação. Então, é para cuidar onde a situação de dengue já se instalou e para evitar, para prevenir [a dengue] em todo o país", disse a ministra. Reuniões com prefeitos e governadores Para este sábado está prevista uma reunião do Ministério da Saúde com prefeitos dos municípios e associações para reforçar a importância da integração no combate à dengue. Na segunda-feira (5), a reunião será com governadores de todos os estados. "Sabemos que 75% dos focos de mosquito se encontram nas casas, então precisamos fazer esse trabalho, cada um de nós, cada cidadão, cada cidadã. Também um apelo às prefeituras. Muitas vezes, encontramos depósitos em praças e áreas públicas. Todo esse trabalho de limpeza urbana é fundamental. O nosso lema é 'Brasil unido contra a dengue'. Então, todos nós somos responsáveis neste momento", reforçou a ministra. Para os profissionais de saúde, o Ministério da Saúde orienta que todos se informem sobre a última edição do guia para diagnóstico e tratamento da dengue, que está disponível no site do Ministério. O manual destaca as novidades em relação ao diagnóstico e cuidado dos pacientes. Competências do COE As competências do Centro de Operações de Emergência destacadas na portaria publicada no Diário Oficial da União desta sexta são as seguintes: planejar, organizar, coordenar e controlar as medidas a serem empregadas durante a resposta; articular-se com os gestores estaduais, distrital e municipais do SUS; articular-se com órgãos e entidades do Poder Público; encaminhar à Ministra de Estado da Saúde relatórios técnicos sobre a situação epidemiológica e ações de resposta; divulgar à população informações relativas à resposta, situação epidemiológica e assistencial; e propor, de forma justificada, ao Ministério da Saúde o acionamento de equipes de saúde.

Mar 8, 2024 - 17:38
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Dengue: Ministério da Saúde instala centro de operações de emergência no país
Iniciativa tem o objetivo de conter o avanço da doença, acelerar atendimentos e o fornecimento de matéria-prima para as unidades de saúde. O Ministério da Saúde lança, neste sábado (3), um Centro de operações de emergência (COE), em Brasília, para tentar evitar uma epidemia de casos de dengue em todo o país. Até agora, decretaram estado de emergência o Acre, o Rio de Janeiro, Minas Gerais, alguns municípios de Goiás, e o Distrito Federal — que registrou aumento de 1.060% nos casos da doença. O Paraná também enfrenta situação crítica e tem uma das maiores taxas de incidência da doença, mas ainda não decretou estado de emergência. Ministério da Saúde cria centro para combater avanço da dengue, em Goiás Em entrevista à TV Globo, a ministra Nísia Trindade adiantou a publicação de uma portaria no Diário Oficial da União (DOU) sobre as atividades que serão desenvolvidas pelo centro de operações. A publicação saiu em edição extra do DOU na noite desta sexta (leia mais abaixo). O objetivo, segundo o Ministério, é dar mais agilidade no monitoramento e na análise do cenário nacional e, assim, reforçar a assistência nos estados e municípios, inclusive no fornecimento de matéria-prima para as unidades básicas de saúde e hospitais. Segundo a ministra, serão destinados R$ 140 milhões por mês para essa finalidade. "O que ele faz [Centro de operações de emergência] é estar unindo secretarias e áreas técnicas do Ministério da Saúde com o conselho de estados e municípios, com a finalidade de, rapidamente, poder agir, poder ver onde precisa de mais soro, onde precisa de uma atenção maior de reforço de profissionais de saúde", pontuou Nísia. "Então, estaremos mobilizados como já fizemos em situações de inundação e secas para apoiar os municípios em tudo o que for possível", completou a ministra. Neste ano, o Brasil já registrou 262.242 casos prováveis de dengue. O painel de monitoramento de arboviroses do governo contabilizou 29 mortes pela doença neste ano e outras 173 seguem em investigação. "Nós não caracterizamos ainda como uma situação nacional de epidemia, mas como uma situação de preocupação, de cuidado, de não permitir que a explosão de casos aconteça de uma forma que leve a esse grande desafio da saúde da população e do sistema de saúde, uma vez que são necessários leitos, necessária a hidratação. Então, é para cuidar onde a situação de dengue já se instalou e para evitar, para prevenir [a dengue] em todo o país", disse a ministra. Reuniões com prefeitos e governadores Para este sábado está prevista uma reunião do Ministério da Saúde com prefeitos dos municípios e associações para reforçar a importância da integração no combate à dengue. Na segunda-feira (5), a reunião será com governadores de todos os estados. "Sabemos que 75% dos focos de mosquito se encontram nas casas, então precisamos fazer esse trabalho, cada um de nós, cada cidadão, cada cidadã. Também um apelo às prefeituras. Muitas vezes, encontramos depósitos em praças e áreas públicas. Todo esse trabalho de limpeza urbana é fundamental. O nosso lema é 'Brasil unido contra a dengue'. Então, todos nós somos responsáveis neste momento", reforçou a ministra. Para os profissionais de saúde, o Ministério da Saúde orienta que todos se informem sobre a última edição do guia para diagnóstico e tratamento da dengue, que está disponível no site do Ministério. O manual destaca as novidades em relação ao diagnóstico e cuidado dos pacientes. Competências do COE As competências do Centro de operações de emergência destacadas na portaria publicada no Diário Oficial da União desta sexta são as seguintes: planejar, organizar, coordenar e controlar as medidas a serem empregadas durante a resposta; articular-se com os gestores estaduais, distrital e municipais do SUS; articular-se com órgãos e entidades do Poder Público; encaminhar à Ministra de Estado da Saúde relatórios técnicos sobre a situação epidemiológica e ações de resposta; divulgar à população informações relativas à resposta, situação epidemiológica e assistencial; e propor, de forma justificada, ao Ministério da Saúde o acionamento de equipes de saúde.

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