Cruzeiro impedido de atracar nas Ilhas Maurício por risco à saúde é liberado, e passageiros desembarcam

Cerca de 20 brasileiros estavam entre os passageiros do navio. Autoridades haviam impedido o desembarque após suspeita de cólera entre os membros da embarcação. Após liberação das autoridades, passageiros desembarcam de cruzeiro nas Ilhas Maurício. Arquivo pessoal/Isabela Scalabrini Os passageiros de um cruzeiro que havia sido impedido de atracar nas Ilhas Maurício foram autorizados a desembarcar no país, nesta terça-feira (27). O navio precisou ficar no mar aguardando uma liberação das autoridades por causa de risco sanitário. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Cerca de 20 brasileiros estavam a bordo do navio. Alguns passageiros apresentaram sintomas de gastroenterite, o que levantou a suspeita de cólera. No entanto, o diagnóstico da doença foi descartado após a realização de exames. O cruzeiro saiu da África do Sul e deveria atracar nas Ilhas Maurício no domingo (25), após 12 dias de viagem. Antes, o navio turístico fez três paradas em cidades sul-africanas e duas em Madagascar. Antes de se aproximar das Ilhas Maurício, o navio já havia sido impedido de atracar na Ilha da Reunião, já que alguns passageiros passaram mal durante a viagem entre a África do Sul e Madagascar. Testemunhas relataram que o comandante do navio anunciou nos altos-falantes que alguns países da África estavam enfrentando um surto de cólera, inclusive em regiões onde o cruzeiro havia passado. No sábado (24), agentes sanitários das Ilhas Maurício subiram a bordo do navio e colheram amostras de água e de comida, além de examinar os doentes. Alguns passageiros também foram entrevistados. Os resultados dos exames indicaram que os passageiros estavam com gastroenterite. Os sintomas da doença são parecidos com os da cólera, com diarreia volumosa, náusea, vômitos, dor de barriga e cólicas intestinais. "Eu fiquei muito tensa e assustada. Imagina a situação, a poucos metros das Ilhas Maurício, sem poder sair de um navio e ainda à espera de resultados de exames que poderiam detectar casos de cólera aqui. Muito difícil manter a calma", disse ao g1 a jornalista Isabela Scalabrini, que estava a bordo do navio. Já nesta terça-feira, Isabela contou que os passageiros foram autorizados a desembarcar no início da manhã. Eles foram separados por grupos, que foram identificados por cores de etiquetas. O cruzeiro Passageiros do Norwegian Dawn impedidos de desembarcar no cais de Porto Luís, nas Ilhas Maurício. Arquivo Pessoal/Isabela Scalabrini O navio Norwegian Dawn estava com 2.184 passageiros e 1.026 tripulantes a bordo. Cerca de 2.000 passageiros desembarcaram em Porto Luís, nas Ilhas Maurício, segundo a autoridade portuária. Outros 2.279 novos passageiros são esperados para embarcar no navio e fazer o trajeto inverso. Segundo o porta-voz da empresa Norwegian Cruise Line, assim que chegou a Porto Luís, a tripulação contribuiu com as autoridades locais para garantir que as precauções sanitárias fossem tomadas. As autoridades locais disseram que "a decisão de não permitir o acesso do navio de cruzeiro ao cais foi tomada para evitar quaisquer riscos à saúde". Misto de tensão, vida normal e reclamações Enquanto a autorização para atracar não era concedida, a programação do navio continuou normalmente, com piscina, show, jantares e brincadeiras para tentar relaxar os passageiros. Não foi necessário isolamento, e o comandante atualizou os passageiros constantemente. Ainda assim, a jornalista Isabela Scalabrini disse que o clima estava tenso no navio. Ela relatou que, além da suspeita de cólera, muitos passageiros ficaram bravos por perderem voos. No caso de Isabela, ela não precisou reagendar o voo, mas ficará apenas um dia nas Ilhas Maurício, em vez dos três programados. Cruzeiro Norwegian Dawn, com brasileiros a bordo, na costa da África do Sul. Arquivo Pessoal/Isabela Scalabrini VÍDEOS: mais assistidos do g1

Mar 8, 2024 - 17:37
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Cruzeiro impedido de atracar nas Ilhas Maurício por risco à saúde é liberado, e passageiros desembarcam

Cerca de 20 brasileiros estavam entre os passageiros do navio. Autoridades haviam impedido o desembarque após suspeita de cólera entre os membros da embarcação. Após liberação das autoridades, passageiros desembarcam de cruzeiro nas Ilhas Maurício. Arquivo pessoal/Isabela Scalabrini Os passageiros de um cruzeiro que havia sido impedido de atracar nas Ilhas Maurício foram autorizados a desembarcar no país, nesta terça-feira (27). O navio precisou ficar no mar aguardando uma liberação das autoridades por causa de risco sanitário. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Cerca de 20 brasileiros estavam a bordo do navio. Alguns passageiros apresentaram sintomas de gastroenterite, o que levantou a suspeita de cólera. No entanto, o diagnóstico da doença foi descartado após a realização de exames. O cruzeiro saiu da África do Sul e deveria atracar nas Ilhas Maurício no domingo (25), após 12 dias de viagem. Antes, o navio turístico fez três paradas em cidades sul-africanas e duas em Madagascar. Antes de se aproximar das Ilhas Maurício, o navio já havia sido impedido de atracar na Ilha da Reunião, já que alguns passageiros passaram mal durante a viagem entre a África do Sul e Madagascar. Testemunhas relataram que o comandante do navio anunciou nos altos-falantes que alguns países da África estavam enfrentando um surto de cólera, inclusive em regiões onde o cruzeiro havia passado. No sábado (24), agentes sanitários das Ilhas Maurício subiram a bordo do navio e colheram amostras de água e de comida, além de examinar os doentes. Alguns passageiros também foram entrevistados. Os resultados dos exames indicaram que os passageiros estavam com gastroenterite. Os sintomas da doença são parecidos com os da cólera, com diarreia volumosa, náusea, vômitos, dor de barriga e cólicas intestinais. "Eu fiquei muito tensa e assustada. Imagina a situação, a poucos metros das Ilhas Maurício, sem poder sair de um navio e ainda à espera de resultados de exames que poderiam detectar casos de cólera aqui. Muito difícil manter a calma", disse ao g1 a jornalista Isabela Scalabrini, que estava a bordo do navio. Já nesta terça-feira, Isabela contou que os passageiros foram autorizados a desembarcar no início da manhã. Eles foram separados por grupos, que foram identificados por cores de etiquetas. O cruzeiro Passageiros do Norwegian Dawn impedidos de desembarcar no cais de Porto Luís, nas Ilhas Maurício. Arquivo Pessoal/Isabela Scalabrini O navio Norwegian Dawn estava com 2.184 passageiros e 1.026 tripulantes a bordo. Cerca de 2.000 passageiros desembarcaram em Porto Luís, nas Ilhas Maurício, segundo a autoridade portuária. Outros 2.279 novos passageiros são esperados para embarcar no navio e fazer o trajeto inverso. Segundo o porta-voz da empresa Norwegian Cruise Line, assim que chegou a Porto Luís, a tripulação contribuiu com as autoridades locais para garantir que as precauções sanitárias fossem tomadas. As autoridades locais disseram que "a decisão de não permitir o acesso do navio de cruzeiro ao cais foi tomada para evitar quaisquer riscos à saúde". Misto de tensão, vida normal e reclamações Enquanto a autorização para atracar não era concedida, a programação do navio continuou normalmente, com piscina, show, jantares e brincadeiras para tentar relaxar os passageiros. Não foi necessário isolamento, e o comandante atualizou os passageiros constantemente. Ainda assim, a jornalista Isabela Scalabrini disse que o clima estava tenso no navio. Ela relatou que, além da suspeita de cólera, muitos passageiros ficaram bravos por perderem voos. No caso de Isabela, ela não precisou reagendar o voo, mas ficará apenas um dia nas Ilhas Maurício, em vez dos três programados. Cruzeiro Norwegian Dawn, com brasileiros a bordo, na costa da África do Sul. Arquivo Pessoal/Isabela Scalabrini VÍDEOS: mais assistidos do g1

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