Cidade de SP ultrapassa 500 mil casos de dengue em 2024

Número segue elevado, mas apresenta queda há pelo menos três semanas. Gestão municipal vê situação como estável. Aedes aegypti é o transmissor da chikungunya, dengue, Zika e febre amarela Freepik A cidade de São Paulo ultrapassou os 500 mil casos de dengue em 2024, segundo atualização do painel de monitoramento da doença da Secretaria Estadual da Saúde (SES) feita nesta terça-feira (18). Os óbitos confirmados somam 220 e outros 399 estão em investigação. O número total de casos é 501.751 , o que equivale a 31,7% do total de casos do estado. Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp Segundo dados da prefeitura, o número de novos casos registrados semanalmente está em queda há ao menos três semanas. Por conta disso, a situação da doença na capital é considerada estável pela gestão municipal. Histórico O maior aumento foi registrado entre as semanas do dia 15 e 22 de abril (15ª semana epidemiológica) com 44.779 novos casos. Desde então, o número de novas confirmações da doença sofreu uma redução na 16ª semana, mas voltou a subir nos próximos 14 dias. Depois desta data, os novos casos reduziram, em média, 9.875 nas semanas epidemiológicas 20 e 21. Em 2023, até a semana epidemiológica 24 (que teve início em 17 de junho, a capital registrava 11.320. Já, neste ano, esse total é de 480.191, o que configura um aumento de 4.237%. Falta de vacinas O secretário Municipal da Saúde de São Paulo, Luiz Carlos Zamarco, disse nesta terça-feira (18) que a capital paulista não tem mais vacinas contra a dengue nos postos. O imunizante é aplicado em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. "Praticamente não temos mais vacinas contra a dengue para fazer para a população alvo. Essa população está estimada em 600 mil crianças. Nós recebemos 177 mil do Ministério e 8 mil que foram remanejadas de outros municípios. Nós já aplicamos todas essas doses". A prefeitura enviou ao Ministério da Saúde um ofício cobrando um novo envio de lotes, principalmente para aplicar a segunda dose e garantir a imunização completa, que deve ser aplicada três meses depois da primeira. Segundo o secretário, o governo federal disse que irá enviar as doses até julho. Na resposta, entretanto, de acordo com Zamarco, o Ministério não sinalizou se irá enviar um número maior para que a capital possa vacinar mais crianças e adolescentes. Desde o final de abril a gestão de Nunes cobra o encaminhamento de um lote maior de vacinas. À época, o Ministério da Saúde afirmou que o governo federal adquiriu "todo o estoque disponível de vacinas da dengue do fabricante – 5,2 milhões de doses entregues entre fevereiro e novembro de 2024". Dengue no estado O estado de São Paulo já registra 1.579.894 casos confirmados da doença e 1.164 óbitos causados pela dengue neste ano. Outras 1.147 mortes ainda são investigadas. Do total de casos, 1.926 são considerados graves. Como saber se você está com dengue e se é grave Leia também Covid ou dengue? Sintomas comuns confundem pacientes que buscam atendimento Gestantes: grupo está entre os que precisam redobrar os cuidados para evitar a dengue Alerta: automedicação pode elevar risco de um quadro hemorrágico de dengue; veja remédios contraindicados Cuidados contra a dengue Evite qualquer reservatório de água parada sem proteção em casa. O mosquito pode usar como criadouros grandes espaços, como caixas d'água e piscinas abertas, até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de planta. Coloque areia no prato das plantas ou troque a água uma vez por semana. Mas não basta esvaziar o recipiente. É preciso esfregá-lo, para retirar os ovos do mosquito depositados na superfície da parede interna, pouco acima do nível da água. Isso vale para qualquer recipiente com água. Pneus velhos devem ser furados e guardados com cobertura ou recolhidos pela limpeza pública. Garrafas pet e outros recipientes vazios também devem ser entregues à limpeza pública. Vasos e baldes vazios devem ser colocados de boca para baixo. Limpe diariamente as cubas de bebedouros de água mineral e de água comum. Seque as áreas que acumulem águas de chuva. Tampe as caixas d’água.

Jun 19, 2024 - 08:12
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Cidade de SP ultrapassa 500 mil casos de dengue em 2024

Número segue elevado, mas apresenta queda há pelo menos três semanas. Gestão municipal vê situação como estável. Aedes aegypti é o transmissor da chikungunya, dengue, Zika e febre amarela Freepik A Cidade de São Paulo ultrapassou os 500 mil casos de dengue em 2024, segundo atualização do painel de monitoramento da doença da Secretaria Estadual da Saúde (SES) feita nesta terça-feira (18). Os óbitos confirmados somam 220 e outros 399 estão em investigação. O número total de casos é 501.751 , o que equivale a 31,7% do total de casos do estado. Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp Segundo dados da prefeitura, o número de novos casos registrados semanalmente está em queda há ao menos três semanas. Por conta disso, a situação da doença na capital é considerada estável pela gestão municipal. Histórico O maior aumento foi registrado entre as semanas do dia 15 e 22 de abril (15ª semana epidemiológica) com 44.779 novos casos. Desde então, o número de novas confirmações da doença sofreu uma redução na 16ª semana, mas voltou a subir nos próximos 14 dias. Depois desta data, os novos casos reduziram, em média, 9.875 nas semanas epidemiológicas 20 e 21. Em 2023, até a semana epidemiológica 24 (que teve início em 17 de junho, a capital registrava 11.320. Já, neste ano, esse total é de 480.191, o que configura um aumento de 4.237%. Falta de vacinas O secretário Municipal da Saúde de São Paulo, Luiz Carlos Zamarco, disse nesta terça-feira (18) que a capital paulista não tem mais vacinas contra a dengue nos postos. O imunizante é aplicado em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. "Praticamente não temos mais vacinas contra a dengue para fazer para a população alvo. Essa população está estimada em 600 mil crianças. Nós recebemos 177 mil do Ministério e 8 mil que foram remanejadas de outros municípios. Nós já aplicamos todas essas doses". A prefeitura enviou ao Ministério da Saúde um ofício cobrando um novo envio de lotes, principalmente para aplicar a segunda dose e garantir a imunização completa, que deve ser aplicada três meses depois da primeira. Segundo o secretário, o governo federal disse que irá enviar as doses até julho. Na resposta, entretanto, de acordo com Zamarco, o Ministério não sinalizou se irá enviar um número maior para que a capital possa vacinar mais crianças e adolescentes. Desde o final de abril a gestão de Nunes cobra o encaminhamento de um lote maior de vacinas. À época, o Ministério da Saúde afirmou que o governo federal adquiriu "todo o estoque disponível de vacinas da dengue do fabricante – 5,2 milhões de doses entregues entre fevereiro e novembro de 2024". Dengue no estado O estado de São Paulo já registra 1.579.894 casos confirmados da doença e 1.164 óbitos causados pela dengue neste ano. Outras 1.147 mortes ainda são investigadas. Do total de casos, 1.926 são considerados graves. Como saber se você está com dengue e se é grave Leia também Covid ou dengue? Sintomas comuns confundem pacientes que buscam atendimento Gestantes: grupo está entre os que precisam redobrar os cuidados para evitar a dengue Alerta: automedicação pode elevar risco de um quadro hemorrágico de dengue; veja remédios contraindicados Cuidados contra a dengue Evite qualquer reservatório de água parada sem proteção em casa. O mosquito pode usar como criadouros grandes espaços, como caixas d'água e piscinas abertas, até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de planta. Coloque areia no prato das plantas ou troque a água uma vez por semana. Mas não basta esvaziar o recipiente. É preciso esfregá-lo, para retirar os ovos do mosquito depositados na superfície da parede interna, pouco acima do nível da água. Isso vale para qualquer recipiente com água. Pneus velhos devem ser furados e guardados com cobertura ou recolhidos pela limpeza pública. Garrafas pet e outros recipientes vazios também devem ser entregues à limpeza pública. Vasos e baldes vazios devem ser colocados de boca para baixo. Limpe diariamente as cubas de bebedouros de água mineral e de água comum. Seque as áreas que acumulem águas de chuva. Tampe as caixas d’água.

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